Você já parou para pensar em como o futuro de uma criança com deficiência pode estar diretamente ligado à sua capacidade de ir e vir? Seja para o lazer ou para o direito básico à educação, ter acesso à mobilidade faz toda a diferença, tanto para as crianças quanto para suas famílias. Para isso, a ONG One by One atua proporcionando a inclusão social de crianças e adolescentes de baixa renda com necessidades de mobilidade e, mais que isso, promovendo a educação. E o Zona Sul tem o prazer de fazer parte dessa história. Saiba como!
Aqui você vai ver:
Um panorama sobre a inclusão
A inclusão das pessoas com deficiência é a causa mais subfinanciada dos direitos humanos. No Brasil, de acordo com artigo publicado por Patricia Lobaccaro, embora a legislação tenha avançado, na prática, as pessoas com deficiência enfrentam exclusão e discriminação em suas comunidades, na educação, no acesso a emprego e saúde.
De acordo com as estatísticas da Human Rights Funders Network (HRFN), grupo que reúne os maiores financiadores dos Direitos Humanos no mundo, os projetos com foco em pessoas convivendo com deficiência (PCD) receberam somente 2% dos fundos em 2018.
Fonte: Human Rights Funding
No ambiente corporativo por exemplo, a discussão sobre o tema ainda está longe de ser prioridade nas pautas das empresas, assim como na mídia.
A inclusão no mundo corporativo, o acesso à mobilidade e à educação são alguns dos desafios enfrentados pelas pessoas com deficiência no Brasil.
Outra questão problemática são os problemas estruturais enfrentados pelas ONGs que se desdobram para auxiliar as famílias das pessoas com deficiência. Apesar de muito importantes, as doações recebidas durante a pandemia, por exemplo, foram destinadas para a compra de cestas básicas e cadeiras de rodas, mas ainda se carece muito de apoio estrutural para as organizações, como salário de professoras ou estrutura administrativa. A ONG carioca One by One enfrenta os desafios diariamente para atender às necessidades das PCDs.
Você sabe o que é PCD?
A terminologia mais adequada para denominar os indivíduos que possuem qualquer tipo de deficiência, é a sigla PCD (Pessoas Com Deficiência), segundo a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito das Pessoas com Deficiência.
Tal terminologia, diferentemente de outras como “pessoas com necessidades especiais”, não transmite uma imagem negativa ou inferiorizada dos indivíduos. Por outro lado, ao afirmar que alguém é PNE (pessoa com necessidades especiais), ocorre a impressão de desqualificação ou ineficácia trabalhista, o que não é real.
Cuidado com as terminologias pejorativas para designar pessoas com deficiência. O preconceito ainda é um grande entrave para a inclusão.
Um outro engano ocorre ao dizer que alguém é “portador de necessidades especiais”, uma vez que a deficiência não é algo que se porta, uma característica que seja opcional. Portanto, essa denominação de torna inadequada.
Outros erros na forma de se referir a pessoas com deficiência, como “cadeirante”, ou o contraponto com “pessoas e crianças normais” são erros comuns que você pode evitar aprendendo a terminologia mais adequada.
As pessoas com deficiência travam diariamente uma luta pela inclusão, por isso, algumas iniciativas são essenciais para a conscientização da população, tanto por parte das ONGs como através de leis e datas especiais, como o dia 21 de setembro.
Dia 21/9: uma data para anotar na agenda
Você sabia que o dia 21 de setembro é o Dia Nacional de Luta da Pessoa Portadora de Deficiência?
A data, publicada oficialmente no site do Ministério da Saúde, foi instituída pela Lei nº 11.133/2005, com o objetivo de conscientizar a população de que as pessoas com deficiência devem ter seus direitos respeitados.
Pela lei, um indivíduo com deficiência é aquele com limitação ou incapacidade para o desempenho de atividades e requer atenção integral que compreenda ações de promoção, prevenção, assistência, reabilitação e manutenção da saúde.
A Lei Brasileira de Inclusão de Pessoa com Deficiência, Lei 13.146/2015, também conhecida como Estatuto da Pessoa com Deficiência, incorporou os princípios da Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, realizada em 2006, pela Organização das Nações Unidas (ONU) e ratificada pelo país em 2008.
Você já conhecia o símbolo internacional de acessibilidade desenvolvido pelas Nações Unidas (ONU) em 2015?
Fonte: Reduced Mobility Rights
A LBI (Lei Brasileira de Inclusão) aborda itens como discriminação, atendimento prioritário, direito à reabilitação e outros direitos no campo da saúde, como as diretrizes estabelecidas na Política Nacional de Saúde da Pessoa com Deficiência.
A ONG One by One
O assunto é extenso e a luta enfrentada pelas pessoas com deficiência também. Quando se trata de crianças de baixa renda por exemplo, a questão envolve a família e o direito à educação, fatores que se somam ao fator mobilidade. É aí que entra a iniciativa da ONG One by One (@onebyone.ong).
A One by One é uma associação sem fins lucrativos, que há 17 anos tem como missão proporcionar a inclusão social de crianças e adolescentes de baixa renda com necessidades especiais através da doação de cadeiras de rodas e outras necessidades dessas famílias, que foram adicionadas ao projeto com o passar dos anos. Para a One by One mobilidade é apenas o começo da inclusão e a “educação” é o que realmente traz a oportunidade de transformação.
Por isso, a partir de 2017, a ONG deu início aos projetos de educação: Estimulação e Arte, Alfabetização, Educação Exponencial e Empreendedorismo Digital. Com o advento da pandemia, todos os cursos foram reestruturados para que os participantes pudessem dar continuidade na modalidade on-line e para que fossem criadas novas turmas.
“Atualmente temos 1.600 famílias cadastradas e 408 famílias fazem parte dos nossos projetos. Já doamos 1.513 cadeiras de rodas sob medida, impactando cerca de 6.000 pessoas.”
ONG One by One
E para quem deseja apoiar a One by One, existem diversas alternativas que envolvem mais do que doações em dinheiro, como os projetos Bake Sale e Lacre Solidário.
O Zona Sul apoia essa causa
Não é lenda urbana. De lacre em lacre, uma cadeira de rodas faz uma criança mais feliz. Os lacres que fazem parte das latinhas de refrigerantes e outras bebidas, podem se transformar numa grande corrente de solidariedade. Cerca de meia tonelada (770 garrafas pets de 2 litros cheias) de lacres equivale a uma cadeira de rodas.
O Zona Sul, que adora uma iniciativa sustentável, inicia assim uma parceria com a ONG One by One coletando lacres de alumínio e tampinhas de garrafa PET em 9 de suas 45 lojas:
- Rua Dias Ferreira, 290 – Leblon
- Rua Visconde de Pirajá, 504 – Ipanema
- Av. Atlântica, 866 – Leme
- Avenida das Américas, 3665 – Barra da Tijuca
- Rua Bambina, 36 – Botafogo
- Rua Pacheco Leão, 25 – Jardim Botânico
- Av. das Américas, 8888 – Barra da Tijuca
- Rua Dias da Rocha, 29 – Copacabana
- Rua Barão da Torre, 220 – Ipanema
- Rua Machado de Assis, 40 – Flamengo
Os lacres e tampinhas serão recolhidos pela ONG semanalmente nas lojas e a receita gerada será destinada para a compra de cadeira de rodas para crianças com deficiência. Apoie você também a One by One e ajude crianças e famílias ao acesso à mobilidade e à educação.
Os pontos de coleta ficarão disponíveis até o final do mês de julho nas lojas citadas acima.
Uma ecobag para todos
Você também pode participar adquirindo as novas ecobags desenvolvidas em parceria com a ONG. Serão disponibilizados dois modelos de estampas de ecobags vendidas em 5 lojas Zona Sul:
- Av. das Américas, 8888 – Barra
- Av. das Américas, 3665 – Barra
- Rua Visconde de Pirajá, 504 – Ipanema
- Rua Dias Ferreira, 290 – Leblon
- Rua Machado de Assis, 40 – Flamengo
50% do valor de venda das ecobags desenvolvidas em parceria será revertido em doação para ONG.