Ingrediente que desde a Antiguidade é considerado sagrado, o azeite tem história pra contar. E aqui no Brasil, a produção de azeites tem surpreendentemente mais tempo do que parece. Conheça extravirgens que têm o sabor do Brasil e aprenda a escolher e consumir seu azeite.

A olivicultura

A olivicultura – produção de azeitonas – no Brasil tem mais tempo do que parece. Tudo começou nas primeiras missões jesuítas lá no século XVI, quando se cultivava oliveiras nos pátios das igrejas e mosteiros para uso em cerimônias religiosas.

Diversas tentativas de cultivo ocorreram em outros períodos de nossa história até 1950, mas todos foram abandonados por motivos não muito claros. Foi apenas a partir da década de 90, que instituições de pesquisas agrícolas no Sul e Sudeste do país fizeram experiências que resultaram, finalmente, na primeira extração do azeite brasileiro.

A partir dos frutos de oliveiras aqui cultivadas, em fevereiro de 2008 na cidade de Maria da Fé, sul de Minas Gerais, a 1.300 metros de altitude, nasceu o primeiro azeite oficialmente brasileiríssimo.

Em 2008, sul de Minas Gerais, nasceu o primeiro azeite oficialmente brasileiríssimo.

Nesses últimos 12 anos, o conhecimento sobre a extração e produção cresceu e se desenvolveu. Em 2019, por exemplo, a produção nacional chegou a 220 toneladas, o que corresponde a apenas 0,3% do consumo interno. Sua qualidade tem surpreendido os especialistas do mundo todo. A prova, aliás, é que o Brasil já acumula mais de 70 prêmios internacionais.

Nós, do Zona Sul, buscamos sempre levar até você alimentos de qualidade e valorizando a produção local.

Aqui você encontra Azeites Brasileiros de excelência das duas principais regiões produtoras, que cultivam cerca de 20 diferentes tipos de azeitonas. As principais são Arbequina, Arbosana, Koroneiki, Coratina, Grappolo, Frantoio e Picual.

Azeites do Sul de Minas Gerais

  • Serra dos Garcias: um extravirgem de grande frescor, baixa acidez, com aroma e sabor excepcionais.
  • Orfeu: um azeite de aromas verdes, ervas e frutas, sabor intenso, equilibrado em amargos picantes. Vai bem com carnes e legumes grelhados, pratos mais condimentados, saladas de folhas amargas, queijos curados.

Azeites do Rio Grande do Sul

  • Verde Louro: azeite de oliva extravirgem intensamente aromático, frutado com toques de maçã verde e grama. Sabor mais intenso, apresentando notas de picância e amargor. Ideal principalmente para saladas amargas, além de peixes como o salmão.
  • Prosperato: azeite de oliva de categoria superior, obtido diretamente de azeitonas frescas e elaborado somente com processos mecânicos a frio.


Orfeu, do Brasil para brasileiros

Orfeu, azeite brasileiro. Foto: divulgação.

Nas terras vulcânicas da região de Poços de Caldas/MG, a 1300 metros de altitude, na Fazenda Rainha, a mesma onde nasce o café Orfeu, é produzido o azeite que recebe o mesmo nome.

Há cerca de 4 anos a empresa extrai azeite de suas oliveiras, um volume pequeno comercializado a granel até o ano passado. O que selecionamos para os clientes Zona Sul é o blend composto das variedades 50% Coratina (italiana), 25% Grappolo (italiana) e 25% Picual (Espanha).

Um azeite de aromas verdes, ervas e frutas, sabor intenso, equilibrado em amargos picantes. Harmoniza muito bem com carnes e legumes grelhados, pratos mais condimentados, saladas de folhas amargas, queijos curados. O volume da garrafa transparente é de 350 mL e o vidro possui proteção UV, mas é importante mantê-la ao abrigo da luz, sempre que não estiver em uso.

Dicas de consumo

  • confira a data do envase
  • prefira sempre os mais recentes
  • utilize em até 60 dias para aproveitar seus benefícios

Apesar da ancestralidade dos azeites, a diversidade sensorial de extravirgens hoje é inegavelmente um novo mundo a se descobrir!

Conheça como escolher, armazenar e consumir seu azeite com o Expert Marcelo Scofano.

“Mais intensos ou suaves, notas mais maduras ou mais verdes, as harmonizações se darão pelo gosto de cada um. Orientamos, todavia, que azeites suaves componham a elaboração ou finalizem preparações delicadas; e azeites mais intensos acompanhem pratos condimentados, grelhados, saladas elaboradas e queijos curados.” Expert Marcelo Scofano.

Confira mais dicas sobre harmonização de azeites neste artigo.