Se você não gosta de cerveja, é porque ainda não conhece a cerveja certa pra você. É o que diz o Expert José Padilha, que vem neste post apresentar a importância do papel do mestre-cervejeiro na criação de uma bebida de qualidade, que agrade ao público certo e que conquiste, principalmente, o seu coração.
Um universo tão vasto quanto o das cervejas vai muito além do que as garrafas e latas mostram nas prateleiras. Tanto que merece um panorama histórico. Separe uns petiscos e venha viajar com a gente neste gole de cultura.
Dia 19 de junho é comemorado o dia do Mestre-Cervejeiro.
O papel do Mestre-cervejeiro
Em primeiro lugar, é válido destacar que mestre-cervejeiro é diferente de sommelier. O sommelier é um curador, já o mestre-cervejeiro é o responsável técnico pela produção. É quem assina embaixo na receita de uma bebida perfeita para a fabricação. O Expert José Padilha, por exemplo, é sommelier, mestre em estilos e consultor da área. Saiba mais sobre ele aqui.
Mestre-cervejeiro é o enólogo do mundo das cervejas.
José Padilha, Expert em cervejas
Apesar da origem da bebida datar mais de 6.000 anos a.C, as especializações técnicas de quem atua no ramo são muito recentes. O primeiro curso oficial de sommelier de cervejas no mundo foi lançado em 2004 na Alemanha. E há cerca de 2 ou 3 anos atrás, uma formação como mestre-cervejeiro não existia no Brasil.
Se você acha que gosta mais de cerveja do que simplesmente degustá-las, este pode ser um ramo profissional interessante e promissor, já que a quantidade de cervejarias está cada vez mais crescente no Brasil.
O crescimento das cervejarias no Brasil
O anuário da cerveja de 2020, divulgado pelo MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) mostra que enquanto nos anos 2000 havia o registro de apenas 40 cervejarias com fábrica própria em território nacional, em 2020 já existem 1.383 cervejarias no Brasil. E isso inclui algumas curiosidades como:
- 2020 é o primeiro ano que todas as Unidades da Federação – UF possuem uma cervejaria, com a abertura da primeira cervejaria do Acre;
- Alcançou-se a marca de 1.3831 cervejarias registradas no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA;
- Em 2020 foram registradas 204 novas cervejarias e outras 30 cancelaram seus registros o que representa um aumento de 174 cervejarias e 14,4% em relação ao ano anterior.
- O Rio de Janeiro passou a marca de 100 cervejarias.
Importante ressaltar que o anuário do MAPA contabiliza apenas as cervejarias que possuem fábrica própria (sem contar as empresas que terceirizam a produção, utilizando equipamentos de outras fábricas num esquema parecido com um “coworking”) e apenas a fábrica, não considerando variações de marcas criadas por uma única cervejaria. Se essas variáveis fossem contabilizadas, certamente o número final seria no mínimo 3 vezes maior, como sugere o Expert José Padilha.
Com isso, percebe-se que há um vasto leque de atuação para os profissionais da cerveja, levando em conta a ascensão da cerveja artesanal, que tem vencido os mitos e estigmas, os quais a cercavam há alguns anos atrás.
Um novo cenário para a cerveja artesanal
Assim como tudo na História do mundo, a cerveja passa pela Idade das Trevas e pelo Renascimento, porém com datas distintas das suas fases homônimas. Foi na Lei Seca dos EUA que a cerveja passou por sua fase das trevas. Nos EUA, com a proibição da produção e consumo de bebidas alcoólicas, as pequenas e médias fabricantes de cervejas fecharam.
O Renascimento da cerveja aconteceu na década de 60 e as cervejas artesanais ganharam espaço novamente.
Com o fim da Lei Seca, em 1933, somente as grandes indústrias conseguiram se reerguer rapidamente, “engolindo” as pequenas e produzindo cervejas mais populares e baratas, mais fáceis de agradar a todos, as famosas Pilsen. Sendo assim, alguns cidadãos americanos viveram a juventude toda sem conhecer a variedade de sabores e estilos que a cerveja pode proporcionar.
O Renascimento da cerveja
Isso mudou após a Segunda Guerra Mundial, quando os jovens soldados que não conheciam esta diversidade de sabores tiveram contato com o mundo cervejeiro na Europa, e trouxeram o conhecimento europeu para as Américas. E assim se deu o Renascimento da cerveja, com a permissão da fabricação artesanal de cervejas pelo governo americano na década de 60/70.
Nos anos 80 foi o boom das cervejarias artesanais nos EUA, e logo em seguida, nos anos 90, no Brasil. Um das primeiras marcas a fazer história por aqui foi a Colorado, de 1996, que você encontra no Zona Sul!
Colorado Appia Shake de Colorado com Diletto
Variedade carioca
Hoje em dia, só no Zona Sul, você encontra mais de 100 rótulos de cervejas artesanais para você harmonizar com o momento ideal. Desde cervejas mais refrescantes e frutadas como as Catharina Sour, até cervejas mais alcoólicas e escuras para o inverno.
Três marcas selecionadas pelo Expert José Padilha como exemplos de marcas que fazem história no cenário carioca são as cervejas Over Hop, Three Monkeys e Hocus Pocus. Estas e muitas outras você encontra aqui no Zona Sul!
Hocus Pocus Magic Trap Gravioh La Lá, da Overhop I’m Sour, da Three Monkeys