Fonte: Festival Gosto da Amazônia RJ @gostodaamazonia

O manejo do pirarucu é baseado na vigilância da região, com o objetivo de se evitar a pesca predatória e a derrubada da floresta. A marca coletiva Gosto da Amazônia também defende e pratica o comércio justo, pagando em média, aos manejadores, cerca de 60% a mais pelo peixe do que os frigoríficos da região, e sendo distribuída para fora de Manaus diretamente através dos produtores, representados pela ASPROC (Associação de Produtores de Carauari).

“Os festivais têm a importância de comunicar os atributos do pirarucu sustentável. Permite que as pessoas conheçam o peixe e possam compreender que estão consumindo um produto de sabor único, mas também tendo um consumo consciente. O evento torna conhecido o pirarucu na Região Sudeste, onde o público está contribuindo tanto para a conservação dos recursos naturais da Amazônia, como também para melhorar a qualidade de vida daquelas pessoas que fazem esse produto acontecer”, destaca Adevaldo Dias, da Asproc e presidente do Memorial Chico Mendes.

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O manejo na Amazônia 

Prática de uso sustentável e gestão participativa do recurso pesqueiro, o manejo comunitário garante a sobrevivência da espécie, soberania alimentar e renda às comunidades envolvidas no processo, configurando-se como um extraordinário caso de conservação da biodiversidade.

Foto: Bernardo Oliveira

Graças à atividade, o pirarucu voltou a habitar grande parte das várzeas amazônicas e sua quantidade nas regiões de manejo aumentou em 400% nos últimos dez anos. Com o esforço realizado para a implementação da atividade, que envolve as etapas de contagem e a vigilância dos lagos, entre outras, observa-se que os estoques de outras espécies também aumentaram, como tambaqui, jacaré-açu, tartaruga, tracajá e peixe-boi.

Como surgiu o Gosto da Amazônia

O Gosto da Amazônia é fruto da cooperação internacional entre o governo do Brasil e dos EUA, executada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO @icmbio) e Serviço Florestal dos EUA (USFS), com recursos da Agência para Desenvolvimento Internacional dos EUA (USAID) e participação da Operação Amazônia Nativa (OPAN @operacaoamazonianativa), Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM @institutomamiraua), Memorial Chico Mendes (MCM @memorialchicomendes), Associação dos Produtores Rurais de Carauari (ASPROC @asprocmediojurua) e Associação dos Comunitários que trabalham com Desenvolvimento Sustentável no Município de Jutaí (ACJ) e o Instituto Maniva (@institutomaniva). O Festival conta também com o apoio do Sindicato de Bares e Restaurantes do Rio de Janeiro (SINDRIO @sindrio_oficial).

Festival Gosto da Amazônia