Sabe aquela velha história de “parece, mas não é”? Pois saiba que ela se aplica perfeitamente a uma infinidade de rótulos de alimentos que encontramos por aí. Na maioria das vezes, aliás, os rótulos parecem ser de alimentos supersaudáveis, mas quando vamos analisar os ingredientes, vemos que a realidade não condiz com o que está descrito nas embalagens.

Mas como entender as informações e tirar conclusões por si próprio?

Primeiramente, é fundamental analisarmos a lista dos ingredientes. A nutricionista Helena Villela, uma das fundadoras do Emagrecida (@projetoemagrecida), projeto apoiado pelo Zona Sul que tem como objetivo provar que é possível emagrecer sem sofrimento, comendo coisas deliciosas, esclarece sobre o assunto neste rápido “bate e volta”. Confira!

De forma geral, qual seria um rápido resumo para desvendar os rótulos?

Quanto menos ingredientes listados, melhor. Mais “limpo” será o alimento, e consequentemente mais saudável será. 

Além disso, quanto menos conservantes e aditivos melhor. Fuja sempre dos corantes, estabilizantes, conservantes e todos os “antes” que estão longe de serem opções saudáveis! Ao se deparar com nomes jamais vistos, desconfie, pois provavelmente você estará diante de algo não saudável.

Não se engane. O rótulo não quer dizer nada se você não souber analisá-lo.

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Helena Villela, Karla Confessor e Carol Antunes. Foto: divulgação.

É verdade que o que vem primeiro na lista de ingredientes é o que tem mais?

Exatamente! Sempre de mais para menos. Se na lista de ingrediente de um produto integral, por exemplo, vem escrito farinha branca, é porque ele tem a farinha branca como componente em maior quantidade, e não a integral, por exemplo.

Existem conservantes naturais utilizados pelos produtos, como limão ou maçã? 

Na verdade, usam muito suco de maçã para adoçar.

Acidulante, aromatizante, adoçante, espessante, como você disse, todos os “antes” fazem mal?

99% sim, mas uns fazem mais mal que outros! Inúmeros estudos associam o excesso dos “antes”, por exemplo, a doenças neurológicas.

No fim das contas, optar por alimentos sem embalagem acaba sendo a melhor opção (a granel)? 

Sem dúvida! Sempre descascar mais e desembalar menos.

Caso não tenha para onde correr e tiver que escolher um industrializado, qual é a melhor opção? Integral, diet, light, existe uma fórmula? 

Não tem jeito, tem que analisar o rótulo mesmo! Até porque existem as pegadinhas.

É muito comum os pseudo-saudáveis. Por exemplo, para ser considerado integral, basta ter uma quantidade mínima de farinha integral. Mesmo o produto tendo mais farinha branca que integral, a legislação ainda permite que ela seja vendido como integral.

Outro exemplo: há inúmeras formas de chamar o açúcar. A indústria retira a sacarose (açúcar de mesa) e coloca outro tipo de açúcar, e diz ser “sem açúcar”! Isso acontece muito com a maltodextrina, por exemplo.

É muito comum encontrar os pseudo-saudáveis nas prateleiras. Fique de olho.

Nossa legislação, quanto aos rótulos, precisa ainda se aprofundar cada vez no tema para que os consumidores consigam ser melhor educados com relação a isso.

A melhor opção, inegavelmente, são os alimentos “de verdade”.

A gente está sempre pensando no bem-estar de todos os cariocas de coração. Aproveite e confira, clicando aqui, a importância dos alimentos orgânicos para uma saúde de ferro.