Seja na virada do ano, na conquista de alguma vitória, em aniversários ou casamentos, o tradicional brinde com um bom espumante é sempre bem vindo. O sabor efervescente da bebida conquista a todos os paladares e é uma ótima pedida nos dias quentes de verão. Mas já se foi o tempo em que espumante bom era sinônimo de Champagne francês. Conheça rótulos nacionais que vão harmonizar com seus pratos e seus momentos e aprenda mais sobre o mundo borbulhante dessa convidativa bebida.
O que é o espumante
O espumante é um vinho feito através de um duplo processo de fermentação, onde na segunda fermentação o gás carbônico é mantido e por isso são geradas lindas borbulhas, que são chamadas tecnicamente de perlage.
Perlage: nome que se dá às elegantes borbulhas do espumante.
Os métodos mais utilizados para a segunda fermentação dos espumantes são o Charmat e o Champenoise. No Charmat, a segunda fermentação é feita em um grande tanque de aço inoxidável denominado autoclave. No Champenoise, o processo é realizado dentro da própria garrafa.
O Champenoise é o único método aceito na região de Champagne, na França, região que dá origem aos espumantes de mesmo nome.
Os espumantes, apesar da tonalidade clara, podem ser obtidos de uvas brancas ou tintas. No caso das uvas tintas, é a casca que dá a coloração escura aos vinhos e é responsável pela presença de taninos, que é o que torna alguns vinhos tintos mais “duros” ou adstringentes.
Os espumantes podem ser obtidos de uvas claras ou tintas. É o contato com a casca que define a coloração.
Nomenclaturas: uma questão geográfica
Você certamente já ouviu falar de Prosecco, o clássico Champagne e também Cava. Todos essas são nomenclaturas de espumantes de acordo com o seu local de produção, o que é chamado de “denominação de origem”.
- Champagne: produzido na França, na região de Champagne, com as uvas Pinot Noir, Pinot Meunier e Chardonnay cultivadas na região;
- Cava: produzido na Espanha, segundo o Método Tradicional (o mesmo da região de Champagne). A Catalunha é a maior região produtora de Cava;
- Prosecco: produzido em Vêneto, na Itália, com uvas Glera.
Os proseccos podem classificados de acordo com o percentual de gás carbônico em cada garrafa. Os proseccos tranquilos passam por uma única fermentação e não apresentam perlage. Os frisantes passam por duas fermentações, mas possuem um percentual de gás carbônico mais baixo que os espumantes.
Diferenças de acordo com a doçura
Você já reparou que os espumantes possuem classificações diferentes como Brut, Demi-Sec, Extra Dry ou Dry? Essa classificação se dá devido à porcentagem de açúcar (licor de expedición ou licor de expedição).
O que é licor de expedición
Após a segunda fermentação, o produtor decide se o espumante será nature (sem adição de açúcar) ou com algum complemento de açúcar para dar a característica desejada.
De forma geral, entre os mais conhecidos, um espumante Nature é o menos doce, sem adição de açúcar, seguido pelo Brut, apresentando até 15 g de açúcar por litro. Em seguida, o Sec, que apresenta até 20g/litro. Já um Demi-Sec apresenta a maior quantidade de açúcar, contendo até 50g por litro.
O que vence no ranking do espumante mais doce, enfim, é o espumante Moscatel, que apresenta mais de sessenta gramas de açúcar por litro. As medidas aqui descritas seguem a legislação brasileira, pois alguns parâmetros mudam para a legislação francesa e seus champagnes.
Os espumantes Brut vão bem com frutos do mar e aperitivos. Um Dry combina com massas e até sobremesas. Mas para harmonizar com doces, escolha um Demi-Sec ou Moscatel.
Qual taça utilizar para o espumante
Para degustar o melhor do seu espumante, opte pela taça do tipo flûte, aquela mais fina e comprida, pois conservam a efervescência da bebida por mais tempo.
As taças do tipo flûte ou flut ajudam a reter o gás carbônico e fazer com que ele se desprenda de uma forma mais lenta. Seu formato direciona a efervescência e os aromas para o nariz enquanto permite que a bebida seja apreciada em pequenos goles.
A vez do Brasil
O Brasil é considerado um país de Novo Mundo na produção dos vinhos. O fato de ser um país recente na vitivinicultura não invalida em nada a qualidade das bebidas produzidas em território nacional. O solo brasileiro é um incrível terroir para diversas castas de uvas, inclusive algumas delas 100% elaboradas aqui, através de pesquisas da EMBRAPA.
A região sul do país se destaca na produção de uvas para a produção de vinhos, enquanto o nordeste é o campeão nas uvas de mesa, aquelas que você saboreia na sua sobremesa, lanche ou café da manhã.
Vinícolas como a Cristófoli têm se destacado na elaboração de vinhos variados e de qualidade. Dois espumantes Cristófoli fazem parte do catálogo de vinhos de verão selecionados pelo Expert Dionísio Chaves, e você encontra as variedades aqui no Zona Sul:
Espumante Branco Cristofoli Brut
O espumante branco Cristofoli Brut é elaborado pelo corte de duas variedades, Chardonnay e Riesling, que juntas trazem um harmônico assemblage (ou blend, em inglês).
Um coringa em harmonizações, especial para todos os momentos.
Com delicadas notas de pão fresco, flores brancas e aromas frutados, são as notas de pera que se destacam. Sua acidez é refrescante e junto com a cremosidade e perlage intenso, ele torna-se um espumante altamente convidativo.
É ótimo como aperitivo e harmoniza com peixes, carpaccios, saladas e queijos leves.
Espumante Rosé Cristófoli Brut
Elaborado pelo método Charmat, o espumante Rosé Cristófoli Brut se destaca pelo blend das uvas brancas Chardonnay e Riesling com a tinta Pinot Noir.
Com sua coloração em tons de rosa salmão e perlage fina e duradoura, é uma bebida elegante e refrescante. É ótimo como aperitivo, acompanhando carpaccios, peixes brancos, saladas, queijos leves e sobremesas. Deve ser servido entre 6º e 8ºC.
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