Os vinhos rosés têm a cara do verão e, além da leveza e do frescor característicos, vão bem da entrada ao prato principal, sobretudo se harmonizado com carnes brancas. Confira os rótulos selecionados pelo Expert Dionísio Chaves para um verão bem carioca e confira as dicas de harmonização.

Rosé, muito mais que elegância

Versátil e refrescante, o rosé tem uma origem bem francesa. Oriundo da região de Provence, no sudeste da França, o rosé já era produzido pelos gregos no mesmo local há mais de 2.600 anos.

Os vinhos rosés, diferentemente do que muitos possam imaginar, não são produzidos com a sobra dos tintos. Eles são feitos a partir das uvas pretas, cujo no processo de maceração o contato com a casca dura poucas horas. Enquanto na produção do tinto a maceração leva entre 8 e 15 dias, na do rosé dura no máximo 24 horas, dependendo da tonalidade e do tipo de aroma que o produtor queira obter.

O vinho rosé obtém sua coloração através do contato do mosto com as peles das uvas, o mesmo processo que dá cor aos tintos.

Com isso, o nível de taninos (que estão presentes nas cascas das uvas), varia de acordo com o tempo de contato do mosto com a casca da uva e com o processo de vinificação. De qualquer forma, os rosés sempre apresentarão menos taninos que qualquer tinto.

50 tons de rosé

Os tipos de produção do rosé definem também a sua coloração, que apresenta diversas tonalidades. Do groselha à “casca de cebola”, a gama de tons é grande. Você pode ter uma ideia das variedades de cores dos vinhos produzidos em Provence, na França, acessando a cartela desenvolvida pelo Centre de Recherche e d’Expérimentation sur le Vin Rosé.

Pêssego, Melão, Manga, Pomelo, Mandarim e Groselha são os nomes das seis principais cores dos vinhos rosés produzidos em Provence.

Fonte: Vins de Provence

Entre as possibilidades de tonalidades vinhos rosés é possível encontrar desde a cor conhecida como “casca de cebola”, por ser mais alaranjada, ao rosa cereja, quase tinto. Essas variações estão diretamente ligadas ao tipo de produção. Na região de Provence as vinhos são mais conhecidos pela tonalidade mais clara e alaranjada.

Na região de Provence, considerada a capital do rosé, os vinhos são famosos pela tonalidade mais clara e alaranjada.

E os espumantes rosés?

Assim como os vinhos rosés, os espumantes apresentam também uma variedade de cores que depende do tempo de contato do mosto com as cascas das uvas (conhecido como maceração pré-fermentativa) e do processo utilizado. Quanto mais tempo de contato com as cascas, mais intensa será a coloração.  

Assim como nos espumantes brancos, os rosés também oferecem uma variação de opções de acordo com a quantidade de açúcar, que vão do Nature ao Moscatel. Lembrando que os espumantes rosés apresentam mais corpo e tanicidade, devido ao tempo de contato da casca com o mosto.

Nível de doçura dos espumantes. Infográfico por Zona Sul.

Rosé é sinônimo de versatilidade

O vinho rosé já passou por algumas rotulações como “moda passageira” ou “vinho feminino”, mas conquistou seu lugar na sociedade e provou que veio para ficar. Isso porque seu conceito de versatilidade está alinhado com as tendências de consumo e estilo de vida: refeições mais diretas e menos estruturadas, receitas e ingredientes de todo o mundo presentes no cotidiano, interesse em descobrir coisas novas e a busca do prazer imediato.

Há vinhos rosés mais robustos e encorpados, além dos secos e austeros, ou seja, o vinho rosé é para todos!

Expert em vinhos Dionísio Chaves

Por isso, o rosé mostra que é possível criar um “vinho da liberdade”, mais acessível e flexível para todos os momentos. Basta servir geladinho que ele cai bem em qualquer momento, sobretudo se o dia for quente como no verão carioca. Aproveite para descobrir em qual taça servir seu rosé e seu espumante:

Em qual taça servir seu vinho?

Conheça os rosés franceses selecionados para o seu verão e veja dicas de harmonização a seguir,

Vinho Rosé Côtes de Provence La Borie Gauthier

O vinho rosé Cotês de Provence La Borie Gauthier é fabricado em uma das regiões de origem controlada de Provence. Isso quer dizer que deve estar de acordo com as normas de qualidade que caracterizam um legítimo rosé provençal.

Possui cor salmão claro, característica dos rosés de Provence; é fresco, delicado, boa acidez com final de boca seco e agradável. Deve ser servido de 9º a 11ºC e é ideal para consumo imediato. Vai bem com peixes, queijos, saladas e camarões grelhados com ervas.

Espumante Rosé Geisweiler Excellence

O espumante Geisweiler rosé é leve e fácil de beber. É uma bela companhia à beira da piscina ou como aperitivo e harmoniza sobretudo com saladas, frutos do mar grelhados e queijos de cabra. Produzido com uvas Grenache , deve ser servido de 6º a 8ºC, para consumo imediato.

Vinho Rosé Laurent Miquel Père et Fils Cinsault Syrah

O vinho rosé Laurent Miquel é produzido com uvas Syrah e Cinsault, possui aromas de frutas vermelhas e toque floral. Na boca, é leve, fresco e fácil de beber. Vai bem com frutos do mar, frango assado, comida japonesa e queijos leves. Sirva de 9º a 11ºC.

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