Basta chegar o verão que logo aparecem os convites para tomar uma taça de espumante. Ou quem sabe, celebrar a vida com um legítimo Champagne. Mas e o Prosecco? Apesar da nomenclatura estar presente no vocabulário da maioria, nem todo mundo sabe de fato o que é ou como apreciar essa refrescante bebida com o sabor da Itália. Confira tudo sobre o Prosecco, saiba como harmonizar e aprenda a elaborar alguns drinks mais famosos do mundo!

Aqui você vai ver:

Como é feito um espumante?

Antes de mais nada, o prosecco é sim um espumante. E, assim como todo espumante, ele é um vinho que passa por uma segunda fermentação, a qual é responsável pela efervescência característica da bebida, denominada perlage.

Os espumantes possuem características borbulhas resultantes da segunda fermentação do vinho.

Os espumantes podem ser obtidos de diferentes uvas, sejam elas brancas ou tintas. O resultado sempre será uma bebida clara, pois o que dá coloração aos vinhos tintos é a casca das uvas, que não são utilizadas na obtenção dos espumantes ou dos vinhos brancos e rosés. Isso também faz com que os espumantes não possuam taninos, já que é uma substância presente nas cascas.

Vinhos com taninos muito presentes são alguns tintos que conferem ao paladar uma sensação de adstringência, como se fossem mais “duros”. Geralmente são apreciados em climas mais frios ou amenos e costumam “limpar” o paladar de pratos mais condimentados ou gordurosos como carnes vermelhas ou massas com molho vermelho.

De acordo com a legislação brasileira, “espumante é o vinho cujo gás carbônico provém exclusivamente de uma segunda fermentação alcoólica”.

Métodos de elaboração

Os métodos mais conhecidas para a realização da segunda fermentação dos espumantes são o Charmat e o chamado de Clássico ou Tradicional, o Champenoise. No método Charmat, a segunda fermentação é feita em um grande tanque de fermentação de aço inoxidável denominado autoclave. Já no Champenoise, o processo é realizado dentro da própria garrafa, o que ocorre de forma mais lenta.

espumante mais conhecido na Itália é o Prosecco.

Alguns tipos de espumantes são fabricados utilizando apenas um método. O champenoise, não por acaso, é o método utilizado para a fabricação do champagne, que só pode ser chamado assim se produzido na região de mesmo nome na França, seguindo as normas de indicação geográfica local. Também são produzidos através do método champenoise o espumantes Crémant e os espanhóis Cava.

Os Proseccos chamados de frisantes (ou Frizzante) são elaborados através do método Charmat. Também é possível encontrar vinhos Proseccos denominados Tranquilos, ou seja, os que não possuem a típica efervescência dos espumantes. Neste caso, o método de produção é diferente e não sofrem segunda fermentação.

Infográfico: classificação de espumantes de acordo com a região de produção. Por Zona Sul.

E o Prosecco, afinal?

Alguns espumantes e vinhos são produzidos em áreas divididas em Denominação de Origem Controlada (DOC) ou Denominação de Origem Controlada e Garantida (DOCG), com regulamentações ainda mais restritivas. Isso quer dizer que as bebidas recebem um nome especial (geralmente associado ao local mais representativo), e precisam seguir à risca a legislação e controle de qualidade local antes de serem comercializadas. O fato de utilizarem uvas autóctones também é uma característica dos vinhos DOC e DOCG.

O Prosecco faz parte dessa lista e é produzido apenas em Vêneto (Treviso, Belluno, Pádua, Veneza e Vicenza) e em Friuli-Venezia Giulia (Pordenone, Gorizia, Trieste e Udine), regiões localizadas no noroeste da Itália. Porém os Prosecco DOCG (origem controlada e garantida) são produzidos em Conegliano, Valdobbiadene e Asolo.

Em 2008 foi iniciado o projeto de reconhecimento das colinas de Conegliano Valdobbiadene como Patrimônio Mundial da UNESCO: a área é caracterizada por uma formação geomorfológica particular, denominada hogback, constituída por uma série de relevos acidentados e íngremes intercalados por pequenos vales paralelos entre si (fonte: UNESCO).

A Colline del Prosecco di Conegliano e Valdobbiadene é uma paisagem vitivinícola resultante da interação entre homem e natureza.

Fonte: UNESCO

A uva Glera

A uva utilizada na produção do espumante italiano mais famoso é majoritariamente a Glera, antes conhecida como Prosecco. Em 2009 sua nomenclatura foi atualizada para evitar a confusão com o nome da bebida, principalmente após o estabelecimento das denominações de origem.

Por ser uma uva com alta acidez, é indicada para a produção de espumantes, resultando em bebidas refrescantes de coloração amarelo-palha, perfeitas para dias de calor.

Os espumantes Prosecco são produzidos com as uvas brancas Glera.

Tipos de Prosecco

Os espumantes podem ser classificados de acordo com a quantidade de açúcar (licor de expedición ou licor de expedição). Os do tipo Nature não possuem adição de açúcar após a segunda fermentação, enquanto o mais doce é o Moscatel, para quem gosta de harmonizar com sobremesas.

Escala de doçura dos espumantes por Zona Sul.

No caso dos Proseccos DOC, as classificações de acordo com a quantidade de açúcar são:

  • Brut: até 12 gramas de açúcar residual por litro;
  • Extra Dry: tem entre 12 e 17 gramas de açúcar por litro;
  • Dry: de 17 a 32 gramas de açúcar por litro;
  • Demi-sec: de 32 a 50 gramas de açúcar por litro.

Para experimentar os diferentes tipos de Prosecco, o Expert em Vinhos Dionísio Chaves indica a linha Ca’val, elaborada em Vêneto pela Cantina Produttori di Valdobbiadene. Os espumantes são produzidos com a uva Glera e o rosé também conta com a uva Pinot Noir.

“Os Proseccos Ca’Val possuem corpo leve, são ideais para consumo imediato e para a ocasião de entrada. Sirva entre 6 e 8ºC.”

Expert Dionísio Chaves

Harmonizações e coquetéis com Prosecco

Por ser refrescante e versátil, vai bem “sozinho” ou acompanhado por entradas, peixes, saladas, frutos do mar, comida japonesa, tábuas de queijos e pizzas mais leves, como as produzidas na pizzaria Zona Sul.

Que tal um menu 100% italiano harmonizando seu Prosecco com Salada Caprese? A dica é do Expert em Queijos André Guedes, que ensina o passo a passo a seguir:

Salada Caprese por André Guedes.

Os coquetéis não podem ficar de fora das sugestões, já que alguns dos drinks mais populares do mundo são produzidos com ele, como o Aperol Spritz, Mimosa, Belini, Barracuda entre outros listados pela Associação Internacional de Bartenders (IBA).

Aperol Spritz por Claudio Adriano

Você pode fazer o seu Aperol Spritz em casa seguindo as dicas do Mixologista Zona Sul Claudio Adriano. Anote o passo a passo e convide os amigos para um brinde especial.

Ingredientes

  • 100 mL de Aperol
  • 50 mL de água com gás
  • 150 mL de espumante Prosecco
  • Alecrim e laranja para decorar

Modo de preparo

Em uma taça misture todos os ingredientes com gelo. Decore com laranja e alecrim.

Para mais receitas de coquetéis ideais para os dias mais quentes, baixe o e-book Drinks de Verão. E para apreciar essas delícias elaboradas pelos bartenders cariocas de coração, nada melhor do que dar uma passada no Bar do Rio mais perto de você.

Vinhos de verão Zona Sul

Nem só de espumantes é feito o verão. Diversos vinhos, incluindo os tintos, podem estar presentes na sua taça durante a estação mais quente do ano. Para saber como escolher os melhores rótulos, baixe o catálogo de Vinhos de Verão e se inspire nas melhores dicas do Expert Zona Sul Dionísio Chaves.

E para os fãs de cervejas e destilados, o catálogo de bebidas de verão também conta com os segredos dos Experts para você brindar o calor com mais sabor e conhecimento.