Quando chega o calor, muita gente já separa suas taças para o consumo das bebidas mais refrescantes, ideais para serem servidas em temperaturas mais baixas, como os espumantes e os vinhos brancos e rosés. Mas o que nem todo mundo sabe é que existem muitas diferenças entre elas. Conheça mais sobre o universos dos vinhos e torne o seu brinde ainda melhor.

Aqui você vai ver:

O que é o espumante

Afinal, espumante é vinho ou não é? Tecnicamente, o espumante é sim um vinho branco ou rosé que passa por uma segunda fermentação responsável pela sua efervescência, conhecida como perlage.

De acordo com a legislação brasileira, “espumante é o vinho cujo gás carbônico provém exclusivamente de uma segunda fermentação alcoólica”.

A princípio, a efervescência presente na bebida era vista como um problema. Principalmente na região de Champagne, na França, as uvas costumavam fermentar bastante, o que gerava um efeito indesejado nos vinhos. Foi um monge chamado Dom Pérignon (1638-1715) que viu nessa fermentação “extra” um ponto positivo, e descobriu formas de aprimorar a elaboração de uma bebida extremamente interessante, batizada de Champagne.

Entre os problemas estava a grande sobra de resíduos que ficavam na garrafa após a dupla fermentação e foi Barbe-Nicole Clicquot, a Madame Cliquot, que criou o “remuage”, que consistia em para inclinar e girar as garrafas depositando os resíduos no gargalo e limando as impurezas, deixando o espumante completamente límpido.

Como é feita a segunda fermentação

A Associação Brasileira de Enologia (ABE) detalha o processo de elaboração do espumante em duas etapas distintas: a obtenção de um vinho base a partir das cultivares Riesling Itálico, Pinot Noir, Pinotage, Malvasia e Chardonnay e, por vezes, uvas moscatéis; e a segunda fermentação alcóolica, que é quando ocorre a formação de dióxido de carbono, as bolhas tão características da bebida.

A efervescência do espumante é resultado da segunda fermentação.

Existem formas distintas de realizar essa dupla fermentação, que pode ser feita na própria garrafa, método conhecido como tradicional ou champenoise, ou em grandes recipientes (autoclaves), o que é conhecido como Charmat.

O local de origem dos espumantes define também a sua nomenclatura, uma vez que o Champagne, por exemplo, só pode ser chamado assim se for produzido na região de mesmo nome, na França. Assim como o Prosecco, elaborado na região de Vêneto, na Itália ou os espumantes Cava, produzidos na Espanha.

O Brasil tem se destacado internacionalmente na produção de espumantes e o Rio Grande do Sul é responsável pela maior parte da produção nacional, com destaque para as regiões da Serra Gaúcha e Campanha Gaúcha.

Quando escolher um espumante

Todo espumante deve ser servido em temperaturas baixas, que variam entre 6 e 8ºC, salvo algumas exceções mais encorpadas, que ainda assim devem ser servidas geladas. Por isso, os espumantes costumam ser os preferidos quando o clima está quente.

Por serem efervescentes e elegantes, são muito associados a celebrações, e podem dar origem a drinks deliciosos e versáteis, como o Aperol Spritz, o Clericot, o delicado Kir Royale, entre outros, que você encontra no Bar do Rio.

Entretanto, são bebidas perfeitas não só para festividades, mas para harmonizar com entradas, aperitivos e pratos mais refrescantes. Em geral, os espumantes com menos açúcar residual, como os Nature e Brut vão bem com peixes e frutos do mar, enquanto os mais adocicados com o Moscatel ou Doux vão bem com sobremesas. Entre os intermediários estão o Dry, Extra-Dry, Sec ou Demi-Sec.

Nível de doçura dos espumantes. Infográfico Zona Sul.

Vinhos brancos e rosés

Agora que você já sabe sobre o processo de produção de espumantes, fica mais fácil compreender os vinhos brancos e rosés. Eles não passam por uma segunda fermentação, por isso não possuem o perlage.

Em geral, brancos e rosés são opções certeiras no clima quente por serem servidos em temperatura mais baixa, geralmente entre 10º e 12ºC e alguns rótulos de 6º a 8ºC, tal qual os espumantes. Há, portanto, rosés mais estruturados e vinhos brancos fermentados em barris de madeira, que podem ser servidos em temperatura mais alta e são propícios para os dias que pedem um cobertor. Por isso, dizer apenas tinto é vinho adequado para o frio seria um mito.

Vinhos brancos e rosés, por não sofrerem interferência dos taninos, também se tornam mais delicados e fáceis de beber, o que os torna interessantes para combinam com dias mais quentes e refeições mais leves.

Os taninos estão presentes nas cascas das uvas. Como os vinhos brancos e rosés, em seu processo de produção ficam muito pouco tempo em contato com as cascas das uvas, possuem poucos ou zero taninos. Já os tintos, podem ser mais ou menos tânicos, dependendo da uva utilizada na sua fabricação, assim como o envelhecimento em madeira.

Os taninos são responsáveis pela sensação de “cica” e só se fazem presentes em vinhos tintos.

Como escolher seu rosé

Os vinhos rosés elaborados na região de Provence, na França, são muito famosos e são referência no mundo todo, até porque a região é a que mais produz rosés no mundo. Entre as possibilidades de tonalidades vinhos rosés é possível encontrar desde a cor conhecida como “casca de cebola”, por ser mais alaranjada, ao rosa cereja, quase tinto.

A região de Provence, na França, é conhecida como a capital do vinho rosé.

Essas variações estão diretamente ligadas ao tipo de produção. Na região de Provence as vinhos são mais conhecidos pela tonalidade mais clara e alaranjada, sendo o Rosé Piscine o importado mais vendido no país. Ainda em território francês, o vinho Laurent Miquel é classificado com 90 pontos na classificação do Expert Dionísio Chaves.

Além dos franceses, que tal provar os produzidos com Nero d’Avola, casta tipicamente siciliana, como o Inycon Rosé em garrafa e na versão bag-in-box?

Por fim, um brinde aos brasileiros! O Brasil tem se destacado na produção de vinhos de qualidade, incluindo os rosés. Uma dica do Expert Dionísio Chaves é provar um rosé da vinícola Bueno Wines. Isso mesmo, os vinhos de Galvão Bueno.

Escolhendo seu vinho branco

Nem só de uvas brancas é feito um vinho branco. Uvas tintas também são usadas, visto que a polpa da uva geralmente é clara, sem cor. Portanto, por não ficarem em contato com as cascas das uvas tintas, além de não ficarem escuros, também não possuem taninos, substâncias que conferem adstringência ao vinho.

Entre as uvas brancas que se destacam na elaboração de vinhos brancos de sucesso estão a Chardonnay e a Sauvignon Blanc, as mais famosas entre as castas viníferas. Também são conhecidas as uvas Riesling, Pinot Grigio, Torrontés, Gewürztraminer, Viognier, entre outras.

Em geral, os brancos são refrescantes e costumam combinar com comidas pouco untuosas que não deixam com a sensação de digestão “pesada”, como aves, frutos do mar, peixes, massas menos condimentadas, entradas e saladas, como você pode ver no e-book de receitas leves. No entanto, um prato “de frio” que é o par perfeito de um bom vinho branco Chardonnay é o fondue de queijo.

Para combinar com a primavera

Para refrescar os seus momentos durante a primavera, estação que antecede aquele calorão tipicamente carioca, nada como investir sem medo nos espumantes, vinhos brancos e rosés, perfeitos para servir geladinhos.

“Não é uma regra, mas é uma escolha sem erro: no calor, rosés e brancos são sempre bem-vindos.”

Expert em Vinhos Dionísio Chaves

Falando em primavera, fica a dica: para manter os seus vinhos frescos durante os passeios ao ar livre como os piqueniques, garanta sua bolsa térmica Amo Rio e preserve a temperatura dos seus vinhos e espumantes.

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