Seja sincero: ao pensar em avelã, você lembrou de chocolate? No mundo da gastronomia, é quase automático lembrar de cremes famosos produzidos com essa combinação. Mas reduzir esse ingrediente ao papel de coadjuvante do chocolate é deixar de lado toda a sua versatilidade. A avelã é uma semente nobre, que traz textura, aroma e sabor únicos para receitas doces e até salgadas. Conheça mais sobre esse fruto repleto de benefícios e saiba como utilizar no seu dia a dia.

Aqui você vai ver:

Avelã: um ingrediente do bem

A avelã, como conhecemos, é a semente do fruto da aveleira, árvore nativa da Europa e da Ásia Menor, mas hoje cultivada em várias partes do mundo. É uma oleaginosa de sabor marcante e levemente amanteigado, que fica ainda mais aromática e caramelizada quanto tostada. Pode ser consumida crua, torrada ou moída.

A avelã compõe de um grupo conhecido como oleaginosas, do qual fazem parte as nozes, castanhas, amêndoas, e o pistache. Essas sementes são pequenas fontes de energia que concentram fibras, proteínas e antioxidantes. Em suma, todas contém “gordura boa” (monoinsaturadas) e ajudam a proteger o coração, equilibrar a glicemia, aumentar a saciedade e combater processos inflamatórios.

No entanto, as oleaginosas são calóricas. Por isso, nada de exagerar no lanchinho. Um punhado já entrega sabor, nutrientes e saciedade. No caso da avelã, é quase impossível não pensar nela combinada a uma boa sobremesa. Se sair da linha com uma sobremesa de avelã, não se culpe, só não faça disso um hábito.

Você sabe o que é gianduia?

Se existe um casamento de conto de fadas, é o do chocolate + avelã. Essa combinação atende pelo nome de gianduia (ou gianduja), uma receita italiana originária do Piemonte, feita da mistura de chocolate com creme de avelã.

Sobre a origem da iguaria, reza a lenda que em um período de escassez de cacau, confeiteiros italianos da região passaram a misturar chocolate com pasta de avelã torrada, criando um doce mais acessível. O resultado foi tão bem-sucedido que deixou de ser alternativa e virou referência.

A gianduia é sinônimo de cremosidade e sabor prolongado, graças à gordura natural da avelã, que derrete na boca e “arredonda” o amargor do cacau. No entanto, nem todo chocolate com avelã é, tecnicamente, uma gianduia clássica, pois esse tipo de preparo segue proporções específicas entre cacau, açúcar e pasta de avelã.

Na confeitaria, a gianduia pode aparecer como creme, recheio de doces e bombons, e como chocolate sólido (incluindo o formato tradicional do gianduiotto italiano).

Já o famoso creme de avelã, como a Nutella, são inspirados no sabor da gianduia. Eles são produzidos à base de avelã, cacau e açúcar, mas em proporções diferentes, com mais açúcar, leite e óleos adicionados, deixando o creme mais doce, mais macio e pensado para consumo cotidiano.

Chocolate e avelã além da gianduia

Nem todo chocolate com avelã é gianduia. A combinação aparece de diversas formas na gastronomia. E na haute cuisine, o cuidado com as proporções é alto para manter o equilíbrio de sabores: valorizar a avelã de qualidade, tostada, com menos açúcar e mais destaque para o sabor natural do ingrediente.

O casal chocolate e avelã é famoso mundo afora em sobremesas icônicas como entremets de chocolate com praliné de avelã na França, folhados de avelã com mel no Oriente Médio, bolo Dobos na Hungria e outras releituras de clássicos da confeitaria com a adição do charme do avelã.

No Ateliê Doce Zona Sul você encontra a tradicional torta de chocolate com avelã: uma receita sempre presente no cardápio da pâtissérie carioca de coração.

O toque da avelã está presente também em bebidas como o café, coquetéis e até na cerveja, como a Way Beer Avelã Porter.

Amiga do café

Da mesma forma que o café ganha complexidade na torra, a avelã também libera aromas e sabores que evocam nuances de café. O motivo está no perfil sensorial dos dois: cafés de torra média a média-escura costumam apresentar notas naturais de chocolate, caramelo e castanhas, que se conectam com as características do avelã. Por isso a combinação entre eles é tão boa!

Na harmonização, cafés com notas de chocolate, cacau, caramelo e frutos secos são os parceiros ideais. Já cafés com maior acidez tendem a “brigar” com a avelã.

Um bom exemplo da combinação entre café e avelã é o coquetel Hazelnut Espresso Martini. O drinque mistura café espresso, vodka e xarope ou licor de avelã, sendo perfeito para acompanhar sobremesas à base de chocolate.

Avelãs em receitas salgadas

Saindo do mundo da confeitaria, é importante ressaltar que a avelã tostada desenvolve notas amanteigadas e levemente adocicadas, funcionando como contraponto em receitas mais salgadas e levemente ácidas.

Na cozinha do dia a dia, a avelã triturada vai bem com legumes assados (como abóbora, cenoura e couve-flor), saladas com folhas amargas, queijos e frutas, ou peixes grelhados. Ela também é base de farofas crocantes com ervas e raspas de limão.

Em molhos como o pesto, a avelã pode ser utilizada no lugar do pinoli. Também funciona muito bem em crostas para aves ou peixes.

Ingredientes que fazem a diferença

Uma boa receita começa na escolha dos ingredientes. Quando eles são de boa procedência, o preparo vai bem e o resultado aparece no prato. Avelãs frescas e bem selecionadas, por exemplo, fazem toda a diferença, tanto nas receitas doces quanto nas salgadas.

Se você também concorda que uma receita de sucesso começa pelo supermercado, as avelãs da linha Frutoro, exclusiva do Zona Sul, são uma ótima escolha. Para completar sua lista de ingredientes, escolha o azeite extravirgem Due, chocolate Chokoé, e muitos outros produtos exclusivos que transformam receitas simples em momentos especiais.

Marcas exclusivas Zona Sul. Foto: Fernando Mafra / Zona Sul.