Ao pensar em bons vinhos muita gente já se lembra logo dos tradicionais países produtores, como Itália, França ou até mesmo regiões do Novo Mundo como Chile, Argentina e Brasil. No entanto, existem verdadeiras “minas de ouro” que produzem bebidas de qualidade, mas que estão fora dos holofotes populares. É o caso da Eslovênia e da África do Sul. Arrume as malas e separe suas taças para essa viagem.

Aqui você vai ver:

Novo Mundo e Velho Mundo dos vinhos

Antes de mais nada, é importante entender o que é a classificação que separa os produtores de vinhos em Novo Mundo e Velho Mundo.

As terminologias não são uma exclusividade dos vinhos. O termo “Novo Mundo” tem relação com o “descobrimento” das Américas por Cristóvão Colombo, no final do século XV, também atribuído ao navegador e geógrafo Américo Vespúcio, que utilizou a expressão nas cartas em que descrevia suas expedições.

O fato histórico foi um divisor de águas para a história dos europeus, que acreditavam que apenas Europa, Ásia e África (componentes do “Velho Mundo”) fossem os únicos continentes no globo terrestre.

Novo e Velho Mundo dos Vinhos. Imagem Zona Sul.

Tal qual mostra a história, os termos entraram no universo das taças no final do século XX com o objetivo de informar a origem dos vinhos produzidos, quando os países do então Novo Mundo começaram a ter grande representação no mercado de bebidas.

Sendo assim, a Eslovênia apesar da fama não tão “badalada” enquanto país produtor, faz parte do Velho Mundo, enquanto a África do Sul se enquadra como um país do Novo Mundo, cuja cultura de produção de vinho é mais livre e menos arraigada às tradições da Europa.

Eslovênia: tradição e qualidade

A Eslovênia é um país europeu vizinho da Áustria, Croácia e Itália, com uma cultura influenciada por diversos povos como os Romanos e o Império Austro-Húngaro, tornando-se independente nos anos 90.

Com uma variedade de climas e solos, o país apresenta características do clima mediterrâneo no litoral próximo à Itália e invernos mais rigorosos nos Alpes; e ao leste um clima com verões mais quentes e secos.

Algumas áreas se destacam na produção de vinhos, mas uma delas é conhecida como a “Toscana da Eslovênia” e é a principal região vinícola do país. Esta é a região de BRDA, praticamente na fronteira com a Itália, entre o mar Adriático e os Alpes.

A região de BRDA é conhecida como a “Toscana da Eslovênia”.

As variedades de cultivares do país é grande, incluindo a nativa tinta Refošk, mas a paixão dos eslovenos está na produção de vinhos brancos, representados sobretudo pela cepa Rebula, que está presente em 75% de todo o vinho produzido no país.

Porém, mesmo com uma produção de cerca de 90 milhões de litros por ano, sinta-se privilegiado se você tiver a oportunidade de degustar uma taça de vinho esloveno fora do país de origem, pois quase 90% dos vinhos produzidos são consumidas pelos próprios eslovenos.

Vinhos eslovenos Quercus

Se você quiser ter a chance de harmonizar um delicioso vinho branco esloveno com pratos leves e saborosos na primavera, conheça os rótulos Quercus, selecionados pelo Expert Zona Sul Dionísio Chaves:

Branco Quercus Pinot Grigio

O vinho branco Quercus Pinot Grigio é leve, bastante mineral e ideal para consumo imediato acompanhando entradas e pratos com peixes, frutos do mar, culinária asiática e mediterrânea, saladas e queijos. Deve ser servido de 10º a 12ºC.

Para harmonizar, que tal um fettuccine com vieiras e tilápia, por Carlos Ohata? Aperte o play e confira!

Fettuccine com vieiras e tilápia por Carlos Ohata.

Tinto Quercus Cabernet Merlot

Quercus Cabernet Merlot é um tinto fácil de beber, produzido com a dupla de uvas Merlot e Cabernet Sauvignon, a rainha das uvas tintas. De corpo médio, guarda até 3 anos e acompanha pratos como aves, massas, risotos, queijos e carne de porco. Deve ser servido de 16º a 18ºC.

Para harmonizar com o tinto Quercus, que tal uma carne suína? Acompanhe a receita de carré francês do Chef Zona Sul Leo Salgueiro e aprenda outras receitas de suínos no canal de Zona Sul.

Carré francês por Leo Salgueiro.

África do Sul: com a bênção da natureza

A África do Sul, considerada um país do Novo Mundo na produção de vinhos, tem apenas três séculos de experiência no assunto. Os primeiros vinhedos foram implantados pelos holandeses na época da colonização, por meio da Companhia das Índias Orientais no século XVII.

Todavia, foi a partir de 1994, com o fim do Apartheid que a indústria sul-africana ganhou força. Com a abertura do mercado exportador por Nelson Mandela, o país passou por um período de prosperidade e transformação, consolidando-se a partir de então, como um dos principais produtores de vinho do mundo.

Privilegiado pela natureza, o país combina um dos solos mais antigos do mundo com um clima temperado, que favorece o cultivo das uvas. A maioria dos vinhedos encontra-se em regiões protegidas pela Unesco (Cape Floral Kingdom) e a região de Constantia, na Cidade do Cabo, é considerada a principal região vitivinícola do país, com verões ensolarados e grandes amplitudes térmicas.

Constantia, na Cidade do Cabo, é a principal região vitivinícola da África do Sul.

Cultivares variados e a nativa Pinotage

Entre os cultivares de destaque estão uvas internacionais como Cabernet Sauvignon, Merlot e Syrah para vinhos tintos e Chenin Blanc, Sauvignon Blanc e Chardonnay para os brancos, além de outras cepas como Cape Riesling, Semillon, Muscat e Gewürzrraminer. Com uma grande variedade de cultivares, o país produz espumantes, vinhos tintos, rosés e brancos.

Já a Pinotage é a uva nativa, resultado do cruzamento entre Pinot Noir e Hermitage (ou Cinsault), com casca grossa, polpa macia e tons azulados, que produz vinhos tintos aromáticos e exóticos.

Uvas Pinotage = Pinot Noir + Hermitage (Cinsault). Um cruzamento nativo da África do Sul.

Para os amantes do enoturismo, a África do Sul está de portas abertas para os turistas, com diferentes opções para os amantes dos vinhos, como a Rota 62 que cruza importantes regiões vinícolas (Paarl, Wellington, Tulbagh, Worcester, Robertson, Pequeno Karoo) e é conhecida como a maior rota produtora de vinho do mundo.

Vinhos sul-africanos para provar em casa

Para aproveitar o melhor dos vinhos do Novo Mundo, o Expert Dionísio Chaves selecionou rótulos perfeitos para a primavera aconchegante carioca. Confira:

Klein Kloof Mountain Red

O Klein Kloof Mountain Red é um vinho tinto estruturado e equilibrado, com taninos macios. É um blend de Cabernet Sauvignon, a rainha das uvas tintas, com Shiraz.

Possui aromas de frutas vermelhas e negras, com uma leve nota de ervas e toques picantes. Vinho intenso, persistente, com fundo de boca rico e equilibrado. Combina, preferencialmente com pratos principais e deve ser servido entre 16º e 18ºC. Experimente com carnes bovinas, assados, frios e queijos maturados, como Gruyère, Gorgonzola, Grana Padano e Parmesão.

Para harmonizar, que tal aprender a montar sua tábua de frios com o Expert Stanislas Brito?

Tábua de frios com Stanislas Brito.

Niel Joubert Pinotage

O Niel Joubert é um vinho encorpado produzido com a uva nativa sul-africana, a Pinotage. Possui aromas de frutas vermelhas e negras, com uma leve nota de ervas e especiarias. Na boca tem boa estrutura, intenso, persistente e equilibrado. Estruturado, deve ser servido de 16º a 18ºC e combina com pratos principais.

Para harmonizar, experimente combinar seu Niel Joubert com carnes vermelhas, massas com molhos intensos, frios e queijos maturados. Aproveite para aprender a preparar uma massa rápida com molho de tomate:

Massa rápida com molho de tomate Zona Sul.

Se você já se apaixonou pelos vinhos eslovenos e sul-africanos, aproveite para dar a volta ao mundo para apreciar os melhores rótulos para sua primavera, com muitas dicas e receitas fáceis para preparar. Baixe agora o seu catálogo de vinhos de primavera Zona Sul e brinde com os Experts e Chefs Zona Sul!

Vinhos de primavera 2022 Zona Sul.