Todo amante de vinhos adora saber mais sobre a bebida que está consumindo. Se você é desses, então já deve ter ouvido falar sobre Velho e Novo Mundo. Tal diferenciação é mais do que um delimitador geográfico e envolve muitas curiosidades sobre a produção dos vinhos e suas características. Quer sentir o gostinho dessa história? Separe sua taça e comece sua viagem!
De onde surgiram as terminologias?
As terminologias não são uma exclusividade dos vinhos. O termo “Novo Mundo” tem relação com o “descobrimento” das Américas por Cristóvão Colombo, no final do século XV, também atribuído ao navegador e geógrafo Américo Vespúcio, que utilizou a expressão nas cartas em que descrevia suas expedições.
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Américo Vespúcio chamou as Américas de “Novo Mundo” (Mundus Novus) em sua carta de 1503.
O fato histórico foi um divisor de águas para a história dos europeus, que acreditavam que apenas Europa, Ásia e África (componentes do “Velho Mundo”) fossem os únicos continentes no globo terrestre.
Anos mais tarde, a Oceania (mais especificamente a Austrália) também foi “descoberta” pelo capitão europeu James Cook em 1770, o que caracterizou o continente como “Novíssimo Mundo”, termo que não costuma ser utilizado com muita frequência.
O termo “descobrimento” deve ser usado com cautela, pois os locais já eram habitados anteriormente às navegações dos europeus, mas não documentados ou colonizados pelos mesmos ainda, o que não invalida a presença de civilizações e costumes locais.
Mas e os vinhos?
Os termos Novo e Velho Mundo foram adotados no final do século XX com o objetivo de informar a origem dos vinhos produzidos, quando os países classificados como pertencentes ao Novo Mundo começaram a ter grande representação no mercado de bebidas.
Sendo assim, não é difícil entender a segmentação dos mundos dos vinhos:
- Velho Mundo: é basicamente a Europa, representada tradicionalmente por Portugal, Itália, França e Espanha na fabricação de vinhos. Itália e França são responsáveis por mais da metade da produção mundial de vinhos.
- Novo Mundo: de forma geral, todos os outros continentes, mas com destaque para países como Estados Unidos, Austrália, Chile, Argentina, África do Sul e Brasil na produção de vinhos.
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Diferenças sensoriais
Todavia, além da definição geográfica, os vinhos gerados nos diferentes mundos também apresentam alguns diferenciais em suas características, principalmente devido ao clima de cada região. O Velho Mundo apresenta temperatura mais fria no decorrer do ano, enquanto os países do Novo Mundo têm bastante interferência de temperaturas mais altas.
Em geral, de acordo com o Expert Dionísio Chaves, os vinhos produzidos nos principais países do Velho Mundo são vinhos com mais acidez, devido ao clima temperado e mais frio das regiões produtoras.
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Já os vinhos do Novo Mundo têm conquistado bastante o consumidor mais jovem, que busca por menos acidez e sabores mais frutados. Por outro lado, o teor alcoólico dos vinhos do Novo Mundo costuma ser mais alto, por causa da maturação das uvas que se desenvolvem em clima quente.
Tecnologia ou tradição
Costuma-se dizer que os países do Novo Mundo empregam maior tecnologia e inovação à produção dos seus vinhos do que os tradicionais componentes do Velho Mundo. Todavia, o Expert Dionísio Chaves explica que hoje em dia essa crença é um mito e cabe ao produtor escolher qual tipo tecnologia deseja utilizar na sua produção.
Fato é que o Velho Mundo não abre mão das suas raízes e tradição, mas isso não quer dizer que não sejam utilizadas práticas modernas para o cultivo das uvas e para os demais processos de fabricação da bebida.
Uma curiosidade sobre os rótulos
Se você ficar na dúvida se um vinho é europeu ou não, basta dar uma olhadinha no rótulo. Pela legislação europeia e devido à tradição e cultura de valorização do terroir, o nome da uva não é divulgado no rótulo.
Para o Velho Mundo, a importância da influência do clima, solo e outros fatores naturais sobre o resultado da bebida é tanta que é mais importante divulgar no rótulo a origem geográfica do vinho do que as uvas utilizadas. Já os vinhos do Novo Mundo possuem a indicação das castas no rótulo.
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Para o Velho Mundo, é importante ressaltar a origem geográfica do vinho no rótulo.
Para provar um pouco de cada mundo
Nada melhor para os amantes de curiosidades do que fazer uma viagem conhecendo a história e características de cada lugar, não é mesmo? Por isso, agora você vai poder experimentar vinhos do Novo e Velho Mundo com maior senso crítico, apreciando cada detalhe!
Quer começar agora? A dica é fazer o contraponto entre os vinhos do Novíssimo Mundo De Bortoli, australianos versáteis e democráticos e os italianos Antinori, que carregam a tradição e as características marcantes das regiões de Piemonte e Toscana.
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Ambas as vinícolas fazem parte da seleção de vinhos de inverno 2022 Zona Sul, indicadas pelo Expert Dionísio Chaves para harmonizar com as melhores receitas típicas dessa época do ano.
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