Farofa. Um prato que a gente já enche a boca pra falar, imagina pra saborear! Um acompanhamento pra todos os momentos e refeições, que não tem tradução lietral em outro idioma. A farofa é a cara do Brasil! Vem com a gente saber mais curiosidades deste prato versátil com os Chefs e Experts Zona Sul!
Um ícone no prato da população
A farofa está tão presente na culinária brasileira que ela até faz parte do guia de alimentação para a população brasileira, do Ministério da Saúde, sabia?
E se você franziu a testa achando que o guia alimentar fala mal da farofa, nada disso! O Ministério da Saúde menciona a farofa e indica que a regra de ouro para a boa alimentação é preferir alimentos in natura ou minimamente processados e preparações culinárias a alimentos ultraprocessados.
A vovó tinha razão: prefira aquela comidinha caseira aos industrializados e processados.
O que isso quer dizer? Como descrito no guia: não troque a “comida feita na hora” (caldos, sopas, saladas, molhos, arroz e feijão, macarronada, refogados de legumes e verduras, farofas, tortas) por produtos que dispensam preparação culinária (“sopas de pacote”, “macarrão instantâneo”, pratos congelados prontos para aquecer.
E ainda nos dá uma ideia boa para consumir mais legumes e verduras, misturando-os à amada farofinha. Afinal, comer comida saudável não é sinônimo de comida sem graça.
Ou seja: farofas, sejam bem vindas aos nossos pratos! E claro, nada de exageros.
Um elemento cultural
O livro a História da Alimentação no Brasil, por José Câmara Cascudo, obra que é referência nos estudos sobre a gastronomia e cultura nacional, menciona a origem da farofa:
A farinha é o primeiro conduto alimentar brasileiro pela extensão e continuidade nacional. Para o indígena a farinha seria a uí-pon, uí-puba, farinha puba, amolecida pela infusão, farinha d’ água, e a uí-atã, farinha de guerra, seca, dura, resistente, comum. Ambas faziam pratos tradicionais, orgulhos da mesa popular: farinha sêca, farofa, pirão, mingau, papa, quando os portugueses influíram mais profundamente na culinária local. Engrossava os caldos, sopas, quibebes e “remates”, terminadores da refeição.
História da Alimentação no Brasil, por José Câmara Cascudo
Nos dias de hoje, a farofa continua firme e forte, e é usada principalmente como acompanhamento de diversos e variados pratos como a típica feijoada (ou a sua versão vegana), do consumo cotidiano às festividades, como Natal e Reveillón.
Seu ingrediente principal é a farinha de mandioca ou a de milho. Entretanto, vamos ver aqui com Chefs Zona Sul e Experts que o leque de opções pode ser muito maior!
A farinha de Bragança, famosa na gastronomia do norte
No norte do país é de grande importância a farinha de puba, mais especificamente a farinha de Bragança, para a gastronomia da região.
A mandioca brava amarela dá origem a diversos tipos de farinha, desde a farinha para farofa até a flocada, bem crocante.
A farinha de Bragança passa pela puba, uma série de processos artesanais, até chegar à mesa do consumidor. É batizada assim devido à cidade de origem, localizada no interior do Pará.
O processo da puba se resume ao seguinte: quando a raiz é arrancada da terra, é imersa em um tanque de água para amolecer. Antigamente, sem os tanques, as raízes boiavam nos rios até adquirirem a textura ideal. Em seguida, após ficar amolecida, a mandioca é descascada, espremida, moída e vai para os tachos de torra, este último processo repetido várias vezes até chegar ao ponto de farofa.
A partir daí, cabe à criatividade do cozinheiro transformá-la em pratos divinos!
Farofa por Jimmy Ogro
O Expert Jimmy Ogro ensina uma receita de farofa com bacon e cebola roxa que fica incrível. Dá o play!
Farofa de castanhas, por Lorena Abreu
Como sempre bem preparada quando o assunto é alimentação saudável, a Expert Lorena Abreu traz uma versão ultrassaudável da farofa, com castanhas ou sementes. As oleaginosas trazem inúmeros benefícios à saúde, como você pode ver aqui.
O passo a passo é simples: basta triturar castanha-de-caju ou castanha-do-Pará, amêndoas e usar no lugar da farinha de mandioca. Da mesma forma, Lorena faz sua farofa de sementes, usando gergelim integral, semente girassol, semente de linhaça dourada, semente de abóbora (pepita).
A vantagem dessas farofas é que, por serem feitas de sementes que contém gorduras naturais, não é necessário adicionar muita gordura como manteiga ou azeite. Basta refogar alho, cebola, alho poró e o que mais quiser.
Expert Zona Sul, Lorena Abreu
Farofa com sabor de casa, por Bia Souza
A chef Bia Souza sabe bem: comida caseira é o pilar da gastronomia afetiva. A comida marca a memória e coração. E uma farofa caseira, com cheirinho de refogado é incomparável.
Pensando nisso, a Chef Zona Sul Bia Souza confessa que não consegue indicar somente uma farofa preferida e sugere 3 combinações pra você ficar na dúvida e fazer todas: uma farofa com cenoura raladinha e cebola (pode acrescentar bacon ou paio picado), a clássica farofa com banana ou farofa com alho poró, ovo e cheiro verde.
Meu foco é na culinária mais simples, do dia a dia, aquela comida especial que traz lembranças felizes, especialmente de momentos em família. Mas é claro, com aquele toque gourmet que faz parte da minha essência.
Bia Souza, Chef Zona Sul
E então? Bora “farofear”? Peça pelo site ou app os ingredientes para preparar sua melhor versão de um dos acompanhamentos com o sabor do Brasil e bom apetite!