A mais branca das uvas tintas, a Pinot Noir — cujo nome significa “pinheiro-negro” — é sinônimo de elegância na produção de vinhos derivados dessa casta. Versátil, a Pinot Noir pode originar desde espumantes delicados até vinhos tintos complexos, sendo cultivada tanto no Novo quanto no Velho Mundo. Aprenda mais sobre essa variedade que tem até um dia comemorativo só dela — e não se esqueça de separar sua taça para celebrar!

Aqui você vai ver:

A origem da Pinot Noir: um passeio pela história

A Pinot Noir é uma uva com história para contar. Há registros que evidenciam que a casta, é cultivada há mais de 2 mil anos, sendo uma das mais antigas do mundo. Originária da França, mais especificamente da região de Borgonha, a uva vinífera já era cultivada há muito tempo pelos monges da Abadia de Citeaux.

Seu nome, que significa “pinheiro preto”, faz referência ao formato dos seus cachos ligeiramente cônicos, que lembram a forma de um pinheiro. Já o noir faz menção à tonalidade dos frutos de casca escura.

Uvas Pinot Noir ou “pinheiro-negro”, conhecidas assim pelo formato cônico dos cachos e pela tonalidade das uvas.

Apesar de ser classificada pelos enólogos como uma casta delicada e uma das mais difíceis de plantar devido à sua sensibilidade ao clima e ao terroir e suscetibilidade a pragas devido à espessura da casca, a Pinot Noir está presente em diversos países, por ser muito apreciada pelos produtores. Ou seja, suas qualidades sensoriais fazem “valer à pena” o desafio agrícola.

No Velho Mundo, sua origem na Borgonha, França, é marcada por vinhos que expressam o terroir de maneira única, com elegância e complexidade, a grande maioria de origem controlada AOC (Appellation d’Origine Contrôlée). Na França, a região de Champagne também se destaca pela produção de rótulos com Pinot Noir.

Já no Novo Mundo, países como Chile, Nova Zelândia e Califórnia têm adotado a Pinot Noir, criando estilos que variam de frutados e acessíveis a intensos e encorpados. No Brasil, a uva é cultivada principalmente na Serra Gaúcha, onde o clima mais fresco é propício para seu desenvolvimento, sendo utilizada tanto na produção de vinhos tintos quanto na de espumantes de alta qualidade.

18 de agosto: Dia da Pinot Noir.

A uva Pinot Noir tem um dia só dela, celebrado em 18 de agosto. A data surgiu nos anos 80 nos Estados Unidos, quando um grupo de proprietários de restaurantes apaixonados pela uva decidiu homenageá-la com uma data especial. Que tal comemorar com um brinde?

Características dos vinhos Pinot Noir

Por ser uma uva elegante e versátil, a Pinot Noir pode ser utilizada na produção de espumantes, vinhos brancos, rosés e tintos variados, os quais geralmente são varietais (ou seja, sem mistura com outras uvas). Tintos Pinot Noir apresentam cor vermelho clara, devido à fina casca da uva de origem. Quanto ao perfil sensorial, os vinhos jovens costumam ter aromas de frutas vermelhas e notas florais. Já os envelhecidos, aromas mais terrosos.

A Pinot Noir costuma aparecer em blends quando se trata da produção de vinhos brancos e espumantes. A Pinot Noir é frequentemente usada em blends de Champagne, com Chardonnay e Pinot Meunier.

Os produtores de vinhos preferem não utilizar a Pinot Noir em blends para não ofuscarem suas características delicadas.

Devido à espessura da casca da uva, vinhos Pinot Noir possuem taninos mais suaves. Os taninos são substâncias responsáveis pela sensação de adstringência na boca, e estão presentes nas cascas das uvas tintas. Por isso, vinhos rosés e brancos não são considerados tânicos. E entre os vinhos tintos, os Pinot Noir costumam ser mais fáceis de beber.

Uvas tintas: intensidade. Infográfico Zona Sul.

Receitas para harmonizar

Para tornar sua experiência ainda mais especial com vinhos Pinot Noir, experimente harmonizar com receitas dos Experts e Chefs Zona Sul:

Cake de gouda com salame + tinto brasileiro Pinot Noir Terras Frias

Produzido pela vinícola Terras Frias, na região de Nova Friburgo, no Rio de Janeiro, o Pinot Noir é elaborado com utilização de lascas de carvalho francês durante processo de vinificação. Com taninos equilibrados, frescor e persistência e corpo médios típicos da Pinot Noir, possui notas de frutas vermelhas, toques de ervas finas e leve defumado.

Vai bem com queijos maturados como Saint Paulin e Gouda e os de mofo branco como Brie e Camembert. Para os amantes de pizza, aposte na de quatro queijos. Já para os carnívoros, uma boa opção é acompanhar com carnes nobres, como filet mignon ou até mesmo carnes suínas, como Kasseler.

Para garantir uma boa recepção para os amigos, experimente preparar um cake de gouda com salame, receita do Expert em Pães Stanislas Brito. A acidez do Pinot Noir Terras Frias vai equilibrar muito bem com os condimentos do salame.

Cake de Gouda com Salame por Stanislas Brito.

O fundador da vinícola Terras Frias é André Guedes, que também atua como Expert Zona Sul em Queijos e Frios.

Gnocchi caprese + tinto italiano Avanti Pinot Noir

Se você procura um vinho fácil de beber, perfeito para ocasiões especiais e festividades, o italiano Avanti Pinot Noir é uma ótima escolha. Frutado e de poucos taninos, é para beber logo, nada de ficar guardando!

Harmoniza com massas regadas ao molho de tomate ou branco. Se for servir carnes, prefira as menos untuosas como lombo de porco. Os frutos-do-mar e grelhados também combinam, assim como queijos de massa mole.

Que tal montar o menu italiano perfeito? Combine seu Avanti Pinot Noir com gnocchi caprese. Aprenda com a Chef Zona Sul Thays Costa e buon appetito!

Gnocchi caprese por Thays Costa.

Salada de atum + rosé chileno Pinot Noir Casa Viva

Para pratos mais leves e refrescantes, como peixes, frutos-do-mar, entradas, queijos de mofo branco como brie com camembert ou ainda saladas, os vinhos brancos e rosés frutados e jovens são sempre bem-vindos devido à elegância e suavidade.

Que tal harmonizar um rosé chileno Garzón com uma salada de atum do Expert Carlos Ohata? Anote a receita!

Ingredientes

  • 6 folhas de alface crispy frisse
  • 20 folhas de rúcula baby
  • 6 tomates-cereja cortados ao meio
  • 5 folhas de endívias roxas
  • 150g de filé de atum picados
  • 1/2 pepino japonês cortados em cubinhos
  • 30g de cebola roxa picada
  • 80g de cenouras coloridas especiais Mister Rabbit cortadas em julienne
  • 2 colheres de sopa de cebolinha fatiada
  • 3 colheres de sopa de milho torrado
  • Molho Missô Ginger Guppy a gosto
  • Azeite extravirgem a gosto
  • Pimenta-branca moída a gosto

Modo de preparo

  • Lave bem as folhas e reserve.
  • Corte o pepino japonês em cubinhos tirando as sementes, os tomates-cereja ao meio e as cenouras em Juliene.
  • Corte o atum fresco em cubinhos, pique a cebola e fatie a cebolinha bem fina.
  • Misture bem o molho Missô Ginger no atum e cebolinha.
  • Monte as folhas em um prato com as cenouras por cima e em seguida coloque as folhas de endívias formando uma estrela no centro do prato.
  • Coloque uma colher bem servida do atum tartar dentro de cada endívia.
  • Finalize com os milhos torrados por cima, monte aquela mesa linda e aproveite uma refeição saudável e muito bonita!

Torradinhas com Queijo Morro Azul + Espumante ODE Brut

Os espumantes ODE, exclusivos do Zona Sul, são produzidos em parceria com a vinícola Courmayeur, localizada na Serra Gaúcha — região reconhecida como a capital nacional do espumante. Eles são blends elaborados com as uvas Pinot Noir, resultando em espumantes elegantes, frescos e versáteis.

O espumante ODE Brut é feito com Chardonnay e Pinot Noir, e o Brut Rosé com Riesling e Pinot Noir. Ambos vão bem com aperitivos, saladas e pratos leves.

Para garantir uma entrada de deixar os convidados com água na boca, a dica é servir seu espumante ODE com torradinhas e queijo Morro Azul, um queijo premiado de fungo branco que você encontra no Zona Sul. A cremosidade do queijo combina com o espumante ODE Brut, devido à acidez e efervescência, perfeitas para limpar o paladar.

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