Se você é um admirador do mundo dos vinhos, certamente já ouviu falar do vinho Almaviva. Ganhador de diversos prêmios internacionais, a criação franco-chilena é valorizada e altamente desejada pelos enófilos. Conheça mais sobre o rótulo que traz consigo uma bela história e uma experiência sensorial que merece ser apreciada com receitas especiais criadas pelos Experts e Chefs Zona Sul.
O resumé de um vinho admirado
O Almaviva é um vinho franco-chileno, fruto de uma parceria entre a baronesa Philippine de Rothschild e Don Eduardo Guilisasti Tagle, presidente da Viña Concha Y Toro.
Philippine Mathilde Camille, antes atriz, conhecida pelo nome artístico Philippine Pascal, tornou-se proprietária de diversas vinícolas e assinou a criação de vinhos icônicos mundialmente. Foi em 1988 que a dama do vinho assumiu a direção da vinícola criada por seu pai, a Baron Philippe de Rothschild, fundada em Bordeaux, na França, sendo reconhecida como a primeira mulher a assumir um cargo de tamanha importância no mundo vitivinícola.
O vinho Almaviva foi resultado de uma parceria entre a Baronesa Philippine Camille e o presidente da vinícola Concha y Toro, Eduardo Guilisasti Tagle.
Elaborado a partir de vinhedos localizados no terroir Puente Alto, no Vale do Alto Maipo, aos pés da Cordilheira dos Andes, o Almaviva obteve sucesso internacional já na primeira colheita, após seu lançamento em 1998.
O vinhedo é formado por 60 hectares dedicados exclusivamente para a produção do Almaviva, composto por vinhas de Cabernet Sauvignon, Carmenère, Cabernet Franc, Merlot e Petit Verdot. Com grande influência do clima frio da Cordilheira dos Andes, além de solo rico em minerais, argila, cascalho e pedras arredondadas, a região apresenta as condições ideais para o cultivo da rainha das uvas tintas.
Por que Almaviva?
Embora tenha uma sonoridade hispânica, o nome “Almaviva” pertence à literatura clássica francesa. O Conde de Almaviva é o herói de duas famosas comédias de Beaumarchais (1732-1799): “O Barbeiro de Sevilha” e “As Bodas de Fígaro”, posteriormente transformadas em óperas pelos compositores Gioachino Rossini e Mozart.
A caligrafia que dá corpo ao nome “Almaviva” no rótulo é representação de próprio punho de Beaumarchais, como homenagem à cultura francesa.
O rótulo também homenageia a história ancestral do Chile, exibindo três reproduções de um desenho circular estilizado usado em um tambor ritual chamado “Kultrun”, simbolizando a visão da terra e do cosmos na civilização pré-hispânica. A cruz representa os pontos cardeais, os pontos dentro dos quadrantes representam as quatro estações, enquanto os semicírculos representam os ventos. Ventos mais fortes no norte e no sul têm dois semicírculos, enquanto o leste e o oeste têm um.
Além do sabor construído em quatro mãos, o nome e o rótulo também deixam clara essa combinação que deu tão certo no mundo dos vinhos.
Características e harmonizações
O Almaviva é um vinho encorpado, ideal para servir entre 18°C e 20°C, com guarda de até 5 anos, acompanhando pratos principais, como risotto com ragú e massas com molho arrabiata (molho de tomate com pimenta).
Se você quiser apreciar seu vinho com queijos, montando uma receptiva tábua para seus convidados, escolha um legítimo Parmeggiano, Camembert ou Maasdam.
Entre os conceituados críticos de vinhos, o vinho alcança 96 pontos por Robert Parker, 98 pontos por James Suckling, e 96 pontos pela renomada revista Decanter.
“Encorpado, complexo, equilibrado, com final de boca longo, harmonioso e muito elegante.”
Expert em Vinhos Dionísio Chaves
Receita de Risoto de Canastra com ragu de linguicinha
Para combinar com o seu franco-chileno Almaviva, que tal colocar uma brasilidade no seu menu? O risotto, prato tipicamente italiano, ganha um sabor a mais com ingredientes brasileiros como o azeite extravirgem da Mantiqueira e o queijo Canastra. Confira a receita do Expert Marcelo Scofano:
Ingredientes para o risotto
- 700 mL de caldo de legumes
- 500g de arroz arbóreo, carnaroli ou vialone
- 90 mL de azeite extravirgem da Mantiqueira
- 1 cebola
- 300 mL de vinho branco seco
- 300g de queijo Canastra curado ralado
- Sal e pimenta-do-reino
Ingredientes para o ragú
- 4 dentes de alho picados
- 6 tomates tipo italianos em cubos
- 200 mL de cachaça mineira
- 2 latas de tomate pelado
- 15 mL de azeite extravirgem da Mantiqueira
- 6 unidades de linguiça mineira artesanal
- Sal e pimenta-do-reino
Modo de preparo
- Inicie preparando o ragú, cortando a linguiça em pequenos cubos.
- Em uma frigideira grande, coloque a linguiça bem picada e deixe a gordura derreter. Acrescente o alho e refogue bem.
- Deixe refogar até ficarem ligeiramente crocantes. Acrescente a cachaça e flambe.
- Após flambar, adicione os tomates cortados ou pelados e raspe bem o fundo da frigideira. Tampe e deixe cozinhar em fogo baixo por uma hora. Reserve.
- Para o preparo do risoto, ferva o caldo de legumes e o mantenha sempre aquecido. Reserve.
- Em uma panela médio, refogue a cebola no azeite, acrescente o arroz e deixe refogar por alguns minutos, mexendo sempre. Acrescente o vinho e continue mexendo até secar.
- Vá trabalhando o arroz com o caldo, concha a concha, mexendo sempre até que o arroz esteja al dente.
Rale 300g de queijo canastra curado em ralo médio. Pouco antes de chegar ao fim do cozimento, acrescente o queijo e uma colher de azeite. Misture. - Para servir, coloque o risoto em prato fundo, acrescente o ragu de linguiça por cima e finalize com queijo ralado e um fio de azeite extravirgem da Mantiqueira.
Receita de Gnocchi alla Sorrentina
Para combinar seu vinho com um molho de tomate picante, nada melhor do que uma boa pasta italiana, como um delicioso Gnocchi alla Sorretina, receita do Chef Zona Sul Leo Salgueiro.
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Vinhos de inverno Zona Sul
O Almaviva faz parte de uma seleta lista de vinhos escolhidos a dedo pelo Expert em Vinhos Dionísio Chaves para deixar o seu inverno mais completo. Para conhecer mais rótulos para harmonizar com a estação mais fria do ano, baixe o seu catálogo de vinhos e confira dicas e receitas especiais para o carioca de coração.
