Seja para eventos como aniversário ou para um jantar de boas vindas, ou datas especiais como Páscoa ou Natal, a mesa arrumada é sinônimo de afeto e de conforto. Os utensílios que compõem a baixela podem fornecer identidade ao evento através do estilo, dos materiais e das cores, além de servirem como um “prenúncio” do menu que será servido. Utilize a funcionalidade de uma mesa posta a seu favor e saiba como dispor seus utensílios para compartilhar do melhor da gastronomia.

Aqui você vai ver:

A importância da refeição à mesa

O ato de comer vai muito além da necessidade básica de sobrevivência através do alimento. Reunir-se com as pessoas para compartilhar o momento da refeição representa o vínculo com o grupo a que se faz parte, refletindo a forma de se relacionar com o mundo, com a sociedade e até mesmo com as suas crenças.

Comer juntos à mesa representa a comunhão, a aliança do grupo que compartilha do mesmo alimento. No contexto do cristianismo, foi sentado à mesa que Jesus repartiu o pão entre os seus discípulos e bebeu do vinho, ato conhecido como a Última Ceia, um simbolismo da irmandade e da servitude.

O hábito de fazer as refeições à mesa traz alguns benefícios, sobretudo para as crianças no contexto familiar. Diversas pesquisas mostram a importância de se reunir à mesa para comer e existe até mesmo uma iniciativa sem fins lucrativos, a The Family Dinner Project, iniciada em 2010, que defende o jantar em família como uma oportunidade para os membros se conectarem entre si por meio de comida, diversão e conversas.

Por outro lado, a comida também foi um elemento de distinção social em inúmeros momentos na história da sociedade e as formas de fazer as refeições também passaram a simbolizar as “boas maneiras” e distinguir as classes sociais. A distinção passou a ser representada pelos utensílios dispostos à mesa, pela variedade e complexidade do cardápio e pela forma de servir os alimentos.

Muito dos hábitos passados de geração em geração, que denominados atualmente como “etiqueta”, são costumes oriundos do processo civilizador, principalmente da Europa ocidental. Tais costumes provenientes do século XVIII sofreram transformações ao longo dos séculos e continuam se adaptando aos novos tempos.

Por isso, apesar das sugestões apresentadas como “dicas de etiqueta”, é válido ressaltar que os costumes de arrumar a mesa refletem a cultura de cada povo, e de forma alguma deve ser discriminatória e taxada como “certa ou errada”.

A mesa posta deve representar valores como gentileza e generosidade e, de forma alguma, segregação ou exibicionismo. A mesa deve ser um local de receptividade.

Dicas para arrumar sua mesa

Não existe uma mesa “perfeita”, pois é um conceito muito relativo. Tudo vai depender da ocasião, da proposta da refeição e de uma série de fatores que vão do consenso geral à praticidade. Por isso, as dicas selecionadas representam sugestões com base nas famosas “normas de etiqueta” para eventos, que oferecem uma unidade estética e conforto aos convidados.

Infográfico Zona Sul: como arrumar uma mesa formal.

Faça a lista do que você vai precisar para uma arrumar sua mesa para um almoço ou jantar para convidados:

Sousplat (suplá)

O sousplat é um termo em francês que significa “sob o prato”. Geralmente é um prato mais plano e maior que os da refeição, cuja finalidade é ornamentar a mesa e proteger a toalha de mesa de eventuais respingos e sujeiras.

O sousplat (ou suplá) também pode ser substituído pelo jogo americano, que possui a mesma finalidade e pode ser feito dos mais distintos materiais e em formato circular, quadrado, retangular etc.

Guardanapos

Os guardanapos podem ser de tecido ou de papel. Os de papel são mais recomendados para eventos mais informais enquanto os de tecido para os mais formais. Os guardanapos de papel são muito úteis para festas com petiscos e possuem as mais diversas cores e estampas.

Existem diversas opções de dobraduras e amarrações para os guardanapos de tecido.

Já para almoços e jantares mais formais, os de tecido ajudam a compor o visual da mesa. Os guardanapos de tecido são dispostos sobre o prato ou do lado esquerdo do mesmo e, ao serem usados, devem ficar no colo até o fim da refeição.

Uma ideia interessante é combinar o tecido do guardanapo (geralmente linho ou algodão) com a estampa do jogo americano, por exemplo, ou seguir uma paleta de cores.

Talheres

Há quem se assuste com os muitos talheres dispostos à mesa. Mas a dica é simples: eles são arrumados seguindo a ordem do cardápio. Ou seja, basta começar a usá-los de fora pra dentro, tendo o prato como referência.

Os garfos ficam à esquerda do prato e as facas e colheres à direita, enquanto os talheres de sobremesa ficam logo acima. Se o menu servido for massa, não precisa de faca: colher e garfo são suficientes, como fazem os italianos.

À parte fica a faquinha para aperitivos, caso precise passar uma pastinha em uma crocante torrada na entrada.

Foi no século XVI que os garfos e outros talheres foram adicionados ao enxoval de mesa por Caterina de Médici.

Pratos

O sousplat também pode ser considerado por muitos um tipo de prato. Ele serve somente para a marcação de lugar e não é usado para alimentação.

Já os pratos utilizados para refeições se dividem nas seguintes categorias:

  • Prato raso: para as refeições principais;
  • Prato fundo: apenas para cremes e sopas;
  • Prato de sobremesa: servido após as refeições;
  • Prato de pão: fica separado do jogo de pratos principais, juntamente com a faquinha para as entradas.

Copos e taças

As taças, assim como as facas e as colheres, ficam à direita dos pratos. Para decorar é fácil: pense que as “meninas” (taças, colheres e facas) ficam à direita e os “meninos” (garfos e guardanapo) à esquerda.

O recomendado em uma mesa arrumada é não ultrapassar a quantidade de três tipos de taças, além da de água. Por isso, menos é mais: taça para água, para vinho branco, tinto e para brindar com espumante ou champagne.

As taças para vinhos são bem variadas mesmo para os vinhos tintos, e podem ser usadas do tipo Borgonha ou Bordeaux, de acordo com a carta de vinhos proposta para a harmonização. Todavia, na dúvida, uma taça do tipo univesal é curinga.

Já as taças de espumante são as do tipo flûte, mais compridas e finas para preservar o perlage, ou seja, as borbulhas da bebida.

Tipos de taça. Infográfico Zona Sul.

Há ainda as tacinhas menores ou cálices para o serviço de bebidas como licores, conhaque ou vinhos licorosos, como o vinho do Porto.

“Não existe uma regra para beber seu vinho na taça ideal. Existem sugestões e indicações de taças com design específicos para realçar as qualidades do vinho que você escolher.”

Expert Zona Sul em Vinhos Dionísio Chaves

Mais conhecimento sobre utensílios na gastronomia

Além da questão estética, os utensílios destinados ao serviço e ao preparo das receitas têm diferentes utilidades. Nos bastidores, o uso de panelas ideais, tábuas de corte ou facas corretas faz toda a diferença no processo culinário. Por isso, que tal ficar por dentro de mais temas da gastronomia?

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