A gastronomia brasileira tem conquistado o paladar mundial. Prova disso são os queijos. Das mais deliciosas criações mineiras aos artesanais com o toque regional de cada local de origem, os queijos brasileiros já foram classificados entre os melhores do mundo. Mas muita gente pensa que somente o Minas faz parte das especialidades queijeiras. Se for esse o seu caso, está na hora de descobrir os queijos diferentes que merecem um lugar na sua mesa.

Aqui você vai ver:

Queijos artesanais selecionados

No dia 20 de janeiro é comemorado o dia Mundial do Queijo! O Brasil é destaque no mundo queijeiro, e para celebrar essa data o nosso Expert André Guedes apresenta uma seleção exclusiva de queijos artesanais brasileiros para você saborear:

20 de janeiro: Dia Mundial do Queijo.

Queijo Canastra do Claudio

Queijo do Claudio. É com essa intimidade que o primeiro queijo a ter uma região brasileira com reconhecimento geográfico destinada à produção com leite cru conquistou o mundo.

O Queijo do Claudio é um Minas Canastra, com um incrível diferencial: o crescimento de um fungo natural branco na casca, que produz uma rugosidade rústica por fora, enquanto internamente quebra a acidez e produz um pouco de cremosidade. Um queijo autoral, premiado em concursos nacionais e internacionais, como a medalha de bronze no Mundial de Fromage em 2019 na França.

Por trás de todo esse sucesso estão Claudiano e Andressa, responsáveis pela produção de queijo na Fazenda São Bento. Uma nova geração de produtores da Canastra, que se envolve em todo o processo produtivo, do pasto à conformação final do queijo.

O queijo Canastra não é um tipo de queijo, mas um queijo Minas produzido na região delimitada da Canastra, com características própria.

A produção dos queijos mineiros é fiscalizada pelo SISBI (Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal), É válido também lembrar que a produção dos queijos de Minas aos poucos está sendo unificada com o Selo Arte.

O queijo do Claudio possui SELO ARTE SISBI, um certificado de identidade e qualidade, que possibilita o comércio nacional de produtos alimentícios elaborados de forma artesanal.

Queijos Comté e Lua Cheia Serra das Antas

A histórias dos queijos Serra das Antas começa em 1983, em Bueno Brandão (Minas Gerais), quando o jovem Airton com 20 anos, iniciou a sua pequena criação de cabras. Na época foram adquiridas 7 cabras comuns e um bode de raça pura, importado da França. Em parceria com seus pais José e Elvira o leite de cabra era ordenhado, congelado e vendido na região para crianças alérgicas ao leite de vaca.

Com o passar dos anos, o rebanho aumentou e melhorou a produtividade permitindo expansão do negócio, além do leite fornecido às crianças havia quantidade suficiente para iniciar uma pequena produção de queijos.

Em 1997, após alguns anos de especialização na França, nasceu a marca Serra das Antas, a fim de atender a uma crescente demanda por queijos finos semelhantes aos europeus, como os famosos franceses Brie, Camembert e o típico Comté.

Queijo tipo Comté Serra das Antas

O queijo Comté é de denominação de origem protegida da região de Jura, no leste da França. Queijo de massa dura, possui uma grande gama de sabores, entre eles o frutado, salgado, picante e nozes, tendo ainda uma maturação mínima de 6 meses. Um queijo intenso que pode ser degustado como aperitivo ou na finalização de pratos.

O queijo tipo Comté Serra das Antas já foi premiado em diversos concursos nacionais e internacionais, como o World Cheese Awards (prata) e o Mundial do Queijo Brasil.

Queijos de denominação protegida internacionais produzidos no Brasil devem apresentar a descrição “tipo” antes de seu nome.

Queijo Lua Cheia Serra das Antas

O queijo autoral brasileiro Lua Cheia é produzido pela queijaria Serra das Antas tradicional do Sul de Minas, produtora reconhecida pelos queijos com tecnologia francesa. Sua produção segue a base do mofo branco do Camembert, com um maior teor de gordura (double crème) e coberto com uma fina camada de carvão vegetal (comestível), maturado por 3 semanas. É perfeito como aperitivo.

A embalagem do queijo permite que o queijo continue maturando, mesmo sob refrigeração.

Outros queijos da Serra das Antas também vão muito bem na sua mesa, assim com o gorgonzola, que combina com pão de frutas exclusivo da Padaria Zona Sul, como indica a Chef Lucélia Santos. O match fica perfeito em uma tábua de queijos para receber os convidados em casa.

Queijo San Martin Artelatte

Direto de uma colônia italiana no Espírito Santo, o queijo San Martin Artelatte é produzido pelo italiano Amedeo Mazzocco, com um blend de leite de vaca, leite de cabra e 5% de iogurte de produção própria, com 40 dias de maturação, o que garante uma cremosidade única e um sabor inesquecível.

Uma escolha perfeita para os amantes de queijos que apreciam sabores suaves e delicados.

Além de ser apreciado puro, pode ser combinado com uma variedade de alimentos como pão fresco, frutas ou mesmo um bom café especial para uma experiência gastronômica completa.

A Artelatte Queijos Artesanais é um pequeno laticínio localizada nas belas Montanhas Capixabas. Com raízes italianas, a empresa se dedica à produção de queijos de alta qualidade, utilizando técnicas tradicionais e ingredientes frescos. Recentemente, os queijos Artelatte foram premiados e receberam também o Selo Arte.

A fazenda também está aberta para visitação, para os amantes do agroturismo, uma modalidade do turismo cujo objetivo é descobrir os encantos da vida no campo e realizar uma imersão no mundo rural. A Artelatte fica em São José do Alto Viçosa, Venda Nova do Imigrante/ES.

Harmonize seus queijos artesanais com vinhos

Para harmonizar os seus queijos brasileiros com vinhos e espumantes nacionais, anote algumas dicas essenciais do Expert em Queijos e Frios André Guedes.

Espumantes e vinhos brancos de corpo leve geralmente combinam com queijos mais frescos, como os Boursin ou fibrosos, como uma mozzarella fresca. Assim como os espumantes, os vinhos brancos Sauvignon Blanc, que são mais frutados, vão bem com queijos de cabra e com queijos meia cura como os artesanais Canastra e Serro.

O vinho rosé é versátil e possui boa acidez e um leve tanino, devido ao pouco contato com a casca da uva durante a produção. Funciona perfeitamente para um início de degustação com queijos de média cura, como os artesanais mineiros. À medida que o sabor do queijo vai evoluindo, o vinho também deve acompanhar, passando de vinhos com taninos mais macios a mais encorpados e intensos, com taninos mais marcantes.

“Deve-se observar se o vinho tinto possui taninos bem presentes, ou se é bem encorpado para fazer o seu casamento com um queijo mais intenso.”

Expert em Queijos André Guedes

Os taninos são substâncias presentes nas cascas das uvas e são responsáveis pela sensação de adstringência na boca, como uma leve “ressecada”. Um vinho com taninos bem perceptíveis é chamado de tânico e a tanicidade depende da variedade da uva escolhida e do tempo de contato.

Para saber mais sobre vinhos e harmonizações, baixe os catálogos de vinhos Zona Sul, com rótulos selecionados pelo Expert Dionísio Chaves para combinar com o clima da estação.

Catálogo Vinhos de Verão Zona Sul 2024.