Você já aprendeu a montar uma tábua de queijos nacionais, já conheceu os queijos premiados e já sentiu o sabor dos vinhos produzidos aqui. Só faltava fazer o casamento disso tudo e descobrir como combinar queijos e vinhos brasileiros. Para isso, o Expert em queijos e frios André Guedes preparou um prático manual para você acertar em cheio na harmonização.
Aqui você vai ver:
- Os vinhos brasileiros em ascensão
- O manual dos queijos e vinhos brasileiros
- Baixe o catálogo de vinhos de outono Zona Sul
Os vinhos brasileiros em ascensão
Você sabia que o Brasil tem experimentado um crescimento no setor de vinhos? Tanto na exportação quanto no consumo, os indicadores mostram que o vinho nacional está em alta. Com um maior acesso por parte da população aos rótulos produzidos aqui somado à qualidade dos rótulos cada vez mais premiados, fica fácil entender o motivo dessa crescente. A hora é dos vinhos brasileiros!
Entre as vinícolas cada vez mais reconhecidas dentro e fora das fronteiras, estão: Cristofoli, Casa Valduga, Casa Perini, Miolo, Amitié, Maria Maria e Cave Geisse, cujos vinhos e espumantes você encontra aqui no Zona Sul.
Todavia, não tem como falar de vinhos sem pensar em um menu para acompanhá-los, não é mesmo? E se tem um curinga que serve para toda e qualquer ocasião, o nome dele é queijo!
O manual dos queijos e vinhos brasileiros
Para harmonizar queijos e vinhos, existem algumas dicas básicas que servem não somente para os produtos nacionais, mas para toda e qualquer ocasião. Porém, a teoria sem a prática não é tão gostosa. Por isso, nada melhor do que exemplificar com queijos e rótulos que estão bem perto de você.
Espumantes, Sauvignon Blanc e Chardonnay com queijos leves
Os espumantes são os vinhos de entrada. Geralmente são usados com queijos mais frescos, como os Boursin, acompanhando canapés e frutas secas ou fibrosos, como uma mozzarella fresca, acompanhada de tomate cereja e manjericão fresco.
Assim como os espumantes, os vinhos brancos Sauvignon Blanc, que são mais frutados, vão bem com queijos de cabra e com queijos meia cura como os artesanais Canastra e Serro.
Queijos com acidez persistente combinam com o sabor mais frutado dos vinhos brancos.
Da mesma forma, os vinhos brancos produzidos com a uva Chardonnay também combinam com queijos mais suaves. Um queijo nacional perfeito para casar com o seu vinho Chardonnay é o quejio Tomme Vaudoise, da Vermont (Pomerode, Santa Catarina). É um queijo de fungo branco – como o Camembert – que deve ser cortado e consumido em cunhas. Bem cremoso e leve, é ótimo como aperitivo com pão de fermentação natural e nozes.
Dica: Chardonnay também combina com queijo raclete, que deve ser cortado em pequenas lascas e derretido.
Expert André Guedes
Por fim, os espumantes Moscatel são mais doces e combinam com sobremesas, mas também podem acompanhar uma boa degustação de frios.
Vinhos Rosés com queijos meia cura
O vinho rosé está em voga entre os admiradores de vinhos. Sua versatilidade explica a tendência: tem boa acidez, boa fruta e um leve tanino, devido ao pouco contato com a casca da uva durante a produção. Funciona perfeitamente para um início de degustação com queijos de média cura, como os artesanais mineiros.
Para uma experiência digna de VIPs, experimente combinar o Rosé Sangiovese Cristofoli, Grand Gold no concurso Wines of Brazil com dois queijos mineiros premiados: o Serro D’Farm, bronze no concurso internacional Araxá 2021 e o Minas Artesanal Triângulo Mineiro D’Farm, medalha de prata na mesma premiação.
Falando na casta Sangiovese, ela também harmoniza perfeitamente com presunto de parma, ingrediente também típico da culinária italiana.
Tintos: o equilíbrio entre taninos e intensidade do queijo
À medida que o sabor do queijo vai evoluindo, o vinho também deve acompanhar, passando de vinhos com taninos mais macios a mais encorpados e intensos, com taninos mais marcantes.
A regra básica da harmonização é o equilíbrio.
Expert em queijos André Guedes e Expert em vinhos Dionísio Chaves.
Pinot Noir
A uva Pinot Noir, por exemplo, é uma “uva de muitos queijos”. Ela vai bem com queijos mais maturados, como o Emmenthal e no caso de queijos nacionais, com o premiado Vermont Vale do Testo (90 dias) – um queijo para aperitivo, com sabor um pouco amendoado, perfeito com pão de fermentação natural.
Com notas aromáticas que lembram caldo de carne, defumado e amêndoas, o queijo catarinense Vale do Testo possui massa compacta e textura untuosa.
Tintos mais marcantes
A combinação de vinhos tintos com queijos específicos não é uma regra, mas deve-se observar se o vinho possui taninos bem presentes, ou se é bem encorpado para fazer o seu casamento com um queijo mais intenso.
Fica fácil entender como funciona “a brincadeira” com os queijos artesanais paulistas premiados Pardinho: Cuesta, Cuestinha e Mandala.
O queijo Pardinho Cuesta é super premiado no Brasil e na França, maturado por 240 dias. Pede um vinho tinto de boa estrutura, como o Syrah ou um Cabernet Sauvignon.
Já o Cuestinha é mais macio, maturado por 60 dias devido à sua forma menor, o que concentra a ação dos fungos em um tempo menor de maturação. Um vinho Carménère vai bem com o Pardinho Cuestinha, por ser um pouco menos intenso.
Já o Mandala, o mais marcante do trio, de maturação longa por 1 ano e meio (18 meses), possui sabor marcante e deve ser consumido como aperitivo, escamado, com sabor e aroma intensos. Vai muito bem com o vinho Tannat, que é bem estruturado.
Baixe o catálogo de vinhos de outono
Para entender mais ainda sobre harmonização de queijos e vinhos nacionais, baixe o catálogo de vinhos de outono Zona Sul. Dedicado 100% aos vinhos e espumantes produzidos em nosso país, o catálogo oferece diversas dicas e receitas para você criar uma experiência sensorial completa. Boa degustação!