Se você pensar em um alimento que acompanha a história da civilização, vai encontrar o pão! Com sua longa história de mais de milênios de existência, o alimento ganhou diversas formas, sabores e ingredientes no decorrer dos anos. Mas nunca deixou de ter sua importância na mesa de toda família. Conheça mais sobre o pão e suas variedades!

No dia 16 de outubro é comemorado o dia mundial do pão que coincide com o Dia Mundial da Alimentação.

A história do pão

Tudo começou com a agricultura, um passo importante para a humanidade, que deixava de ser nômade após descobrir o cultivo doméstico de sementes. Segundo historiadores e antropólogos, é provável que os primeiros pães, muito diferentes dos que comemos hoje em dia, fossem feitos de cevada, o primeiro cereal cultivado pelo homem. Em seguida, feitos com aveia, trigo, entre outros.

O trigo, aliás, era um dos principais ingredientes na alimentação dos povos, primeiramente ingerido cru e posteriormente misturado a outros ingredientes, formando mingaus e “bolos” não levedados.

Os cereais “domesticaram” a humanidade e foram a base da sedentarização humana.

Mas o que antes era o que podemos chamar de protótipo do pão, ou seja, uma massa feita com cereais selvagens, foi ganhando uma forma mais próxima do que conhecemos atualmente após a invenção da cerâmica, quando o pão começou a ser assado e mais tarde, acidentalmente com a descoberta da fermentação do pão pelos egípcios.

Fermentação por acidente

Diz a história que foi no Egito que uma certa massa feita com trigo foi esquecida “ao relento” e, para a surpresa do cozinheiro distraído, a massa cresceu! O curioso resolveu assar a massa e o resultado foi um pão mais macio e saboroso, dando origem assim, ao pão de fermentação natural.

Na escavação da tumba do rei Tutancâmon em 1922 foram encontrados, entre outros objetos triviais, pães!

Mas a atribuição da descoberta da fermentação do pão aos egípcios é questionada por muitos, já que as leveduras, responsáveis por fazer a massa crescer, estão livremente no ar, e já poderiam ter tido a sorte de esbarrar com uma massa esquecida ao ar livre há muitos anos atrás.

Origens e lendas à parte, a verdade é que o pão é milenar e universal e suas formas de preparo persistem até os dias de hoje, conquistando dia após dia as novas gerações de bocas e estômagos.

O poder do pão

Mas o pão não se resume somente a um alimento. Ele era um símbolo de poder. O pão ganhou tanta importância no Egito Antigo, na Grécia e no Império Romano que passou a fazer parte da política.

No Egito, por séculos, os celeiros eram propriedades de governantes e os faraós tinham sua própria padaria. Os egípcios abrigavam os melhores padeiros do mundo, tamanha era a dedicação à atividade.

Salários eram pagos com pão e trocas de mercadorias eram feitas utilizando pão como moeda, e a comida era utilizada para apaziguar o povo. A política do “pão e circo” (panem et circenses),  é atribuída ao império romano, que para manter o povo distraído das questões políticas e garantir o apoio ao governo, que distribuía comida e lazer a todos.

O pão tem sua importância em vários cenários da História, seja ela religiosa, política ou econômica. Para saber mais, acesse o site oficial da Associação Brasileira de Panificação e Confeitaria, que mostra com detalhes a presença do nosso querido pãozinho no curso histórico da humanidade.

A última ceia. Por Giampietrino, Giovanni Antonio Boltraffioc. Fonte: Google Arts & Culture.

Os tipos de pão

Conhecer um alimento que está ligado á origem da civilização certamente é um privilégio, mas poder comê-lo é ainda melhor, não é mesmo? Confira alguns tipos de pães e escolha qual você vai experimentar hoje!

Pães sem fermento

Os pães sem fermento são os que mais se aproximam aos antigos pães presentes na história da civilização. São conhecidos como pães ázimos ou asmos. Cada cultura desenvolveu o seu próprio pão ázimo, como o pão árabe ou sírio, matzo dos hebreus, ou chapati dos indianos.

Geralmente são pães mais leves e menos calóricos, apesar de que podem ser ainda mais fit na versão integral. Para uma receita leve com pão árabe, aperte o play e confira a dica do Expert André Guedes:

Sanduíche de pão árabe com queijo cottage.

Pães de fermentação natural

Lembra da lenda do antigo cozinheiro egípcio que esqueceu a massa ao ar livre e ela cresceu?

Na fermentação natural, quem trabalha é, como indica o nome, a própria natureza! Afinal, o fermento responsável pela fermentação natural é um conjunto de bactérias vivas presentes no ar que, em contato com a farinha, em ambiente favorável, quebram o glúten e o açúcar da farinha. Desse modo, se obtém um pão mais saudável, com baixo índice glicêmico e baixo teor de glúten, facilitando a digestão.

Para saber mais a respeito dos pães de fermentação natural, acesse este link.

O pão de fermentação natural, conhecido também como levain ou sourdough, está de volta às mesas, com sabores, texturas e combinações diferentes, como você pode encontrar na padaria Zona Sul. Entre eles está o pão de fermentação natural Santa Mônica, receita exclusiva criada pelos Experts.

Pão de fermentação natural Santa Mônica

Pães fermentados de farinha de trigo

Esitem divesas farinhas para a fabricação de pães, com a farinha de centeio, a integral, a de arroz e a farinha de trigo branca. Derivados desta última, estão os pães fermentados mais populares em toda padaria: baguete, pão francês, pão sovado.

Você sabia? Toda farinha de trigo comercializada no Brasil deve ser adicionada de ferro e ácido fólico por determinação da OMS. O ácido fólico auxilia no combate à anemia e má formação de bebês durante a gestação.

O pão francês é brasileiro

Por mais estranho que pareça, o pão francês não é uma invenção nada francesa, mas uma criação bem brasileira.

No início do século XX, Paris era referência em arte e modernidade para o mundo. Com isso, além da cultura, a gastronomia francesa também se tornou modelo. As confeitarias brasileiras, na tentativa de reproduzir os pães franceses de miolo branco e casca dourada, criaram uma receita ainda mais saborosa, com o acréscimo de açúcar e gordura.

Por tanto, o pãozinho francês do seu café da manhã é brasileiro de coração.

A anatomia do pão francês perfeito. Por Zona Sul.

Para aprender a conservar o seu pão francês por mais tempo, siga as dicas do Expert da padaria Zona Sul Stanislas Brito.

Pão de queijo, a cara do Brasil

Além dos clássicos pães encontrados nas padarias do mundo todo, existe um pão que tem os sabores do Brasil.

O pão de queijo é um clássico mineiro, nascido no século XVIII. Uma criação divina, que fica boa com manteiga, com geleia, com goiabada ou puro, acompanhando um cafezinho Me Bebe, o pão de queijo tem um passado interessante.

Sua história envolve a escassez da farinha de trigo nas fazendas, tornando o polvilho, subproduto da mandioca uma alternativa viável às cozinheiras nas fazendas mineiras, que misturavam sobras de queijo curado às suas receitas, dando origem assim, ao nosso apetitoso pãozinho.

Aproveitando o pão na sobremesa

Para aproveitar o pão, a dica é fazer um delicioso pudim de pão. Afinal, brasileiro “raiz” sabe como fazer o aproveitamento integral dos alimentos com qualidade. Quem confirma a teoria é a Chef Zona Sul Thays Costa, que coloca o pudim de pão diariamente no cardápio no café da manhã Zona Sul. Já provou?

E então? Qual o seu pão preferido? Se você está na dúvida de qual pão escolher para comemorar o dia mundial do pão, escolha todos! Dê uma passadinha na padaria Zona Sul e renda-se ao cheirinho dessas iguarias saindo do forno!